Servidores do STF se reúnem com o Governo do DF para discutir 7 de Setembro

Servidores do STF se reúnem com o Governo do DF para discutir 7 de Setembro

Representantes da corte vêm se reunido com diversos órgãos para discutir manifestações deste ano em Brasília

R7

Manifestações ocorreram em Brasília (foto) e São Paulo no ano passado.

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Servidores do Supremo Tribunal Federal (STF) vão se reunir nesta segunda-feira com a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal para discutir as manifestações do próximo 7 de Setembro. A corte está preocupada com a segurança dos ministros e com a integridade do prédio do Supremo.

No ano passado, manifestantes a favor do governo fizeram protesto na Esplanada dos Ministérios pedindo o fechamento do STF e do Congresso Nacional. Um dia antes, a Polícia Militar fechou parte do acesso à via, mas o bloqueio foi furado por caminhoneiros. Na época, outro bloqueio foi colocado próximo ao Congresso, ao STF e ao Palácio do Planalto, para impedir que manifestantes avançassem para a Praça dos Três Poderes.

O 7 de Setembro é visto como um momento de risco elevado ao Supremo, tanto no quesito integridade dos ministros e do prédio, quanto da imagem da corte. A reportagem apurou junto a fontes no tribunal que a área de segurança da corte tem se reunido com autoridades de diversos órgãos — como SecretarIa de Segurança Pública do Distrito Federal, Congresso Nacional e Detran-DF — para discutir as manifestações do próximo mês. 

Um dos objetivos é impedir que o bloqueio para carros na Esplanada seja furado pelos caminhões, como ocorreu no ano passado. A ideia é identificar os manifestantes que estão vindo de fora de Brasília, e orientar (no caso dos veículos) onde vão ficar, evitando que permaneçam estacionados nos ministérios ou que cheguem próximo à Praça dos Três Poderes, como ocorreu em 2021. Além dessas ações, o STF também trabalha com a segurança dos ministros em suas casas.

As manifestações do 7 de Setembro são uma preocupação de muitas autoridades devido à proximidade com as eleições deste ano e ao clima que tomou o país na data no ano passado. Em 2021, o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), chamou a população para se manifestar e discursou em Brasília e em São Paulo.

Em suas falas, ele fez críticas diretas ao ministro Alexandre de Moraes, a quem chamou de "canalha", e disse que as manifestações eram um "ultimato" a todos da Praça dos Três Poderes. O tom do discurso do presidente gerou reação no país, e Bolsonaro teve que divulgar uma carta, intitulada "Declaração à Nação", dois dias depois. A carta foi redigida pelo ex-presidente Michel Temer (MDB).


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