STF identificou 2,4 milhões de ataques hackers em sete meses

STF identificou 2,4 milhões de ataques hackers em sete meses

Foram barradas 2.434.627 investidas contra o ambiente tecnológicos da corte no período

R7

Prédio do STF, em Brasília

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O Supremo Tribunal Federal (STF) identificou e conteve nos últimos sete meses 2.434.627 ataques ao ambiente tecnológico da corte. A maior parte dos ataques chegou perto de conseguir o objetivo e foi classificada como crítica pelas equipes de segurança da informação do tribunal.

O órgão interno que cuida da segurança cibernética conseguiu conter todas as ameaças. Caso um hacker consiga efetivar um ataque, o Supremo tem um plano específico de combate, algo que envolve até mesmo investidas com maior potencial de dano. Simulações para analisar todos os cenários de ataques são feitos com frequência, e providências são tomadas constantemente para minimizar as fragilidades.

De acordo com informações da corte, o momento mais crítico para a segurança cibernética do tribunal ocorreu em abril de 2021, quando criminisos virtuais realizaram um ataque de negação de serviço contra o portal da instituição. Neste tipo de ataque, diversas máquinas infectadas com vírus são programadas para enviar dados ao mesmo tempo para os servidores que sistentam o site, gerando a queda da página.

O site do Supremo chegou a ficar fora do ar vários dias e serviços foram interrompidos. Além do ataque de negação de serviço, ocorreram tentativas de ransomware, que é um tipo de atentando em que dados são sequestrados. Os invasores criptografam as informações, ou seja, inserem um código de acesso que apenas quem tem chave pode extrair os dados.

A chave é um código complexo e dificíl de ser descoberto e apenas os criminosos sabem sobre ele. Com isso, a partir da decodificação dos arquivos, passam a exigir resgate em dinheiro, geralmente por criptomoedas, para permitir acesso aos serviços.

Um ataque deste tipo ocorreu em 2021 no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) e fez com que processos ficassem inacessíveis, ocorreu o bloqueio de informações de magistrados, advogados, partes nos processos e servidores. Todos os serviços virtuais da corte e até audiências físicas foram afetadas em razão da perda de dados.


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