STF nega liminar para impedir votação de vetos de Dilma a royalties do petróleo

STF nega liminar para impedir votação de vetos de Dilma a royalties do petróleo

Lewandowski afirma que assunto é do Congresso e Corte não deve interferir na decisão

AE

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O presidente em exercício do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, indicou nesta quarta-feira discordar da decisão proferida pelo colega, ministro Luiz Fux, que impede o Congresso de votar os vetos à lei que alterou a divisão dos royalties do petróleo. Em decisão nesta quarta, Lewandowski afirmou que não cabe ao STF se imiscuir nessa questão, pois é um assunto que deve ser decidido pelo Congresso.

Lewandowski negou liminar de parlamentares do Espírito Santo ao Supremo. No pedido, defendiam que o Congresso só votasse o veto da presidente Dilma Rousseff - que beneficiou Rio de Janeiro e Espírito Santo - depois que uma comissão mista fosse criada para relatar e estabelecer calendário de votação para cada um dos mais de 3 mil vetos que estão na pauta do Congresso. Estados que não produzem petróleo querem derrubar o veto da presidente.

Na decisão, Lewandowski afirmou que não cabe ao Judiciário interferir nesse caso. No final do ano passado, Fux concedeu liminar a pedido de parlamentares do Rio de Janeiro para impedir a votação do veto à lei dos royalties antes que fossem votados os outros 3 mil vetos que aguardam deliberação do Congresso. Independentemente da decisão de Lewandowski, o Congresso permanece impedido de votar o veto à lei dos royalties, pois continua em vigor a liminar concedida por Fux. O assunto será definitivamente decidido pelo tribunal quando terminar o recesso, no dia 1° de fevereiro.

A disputa bilionária em torno do rateio dos recursos dos royalties do petróleo foi parar no STF no final do ano passado, depois que o Congresso aprovou a urgência para a votação dos vetos feitos pela presidente Dilma Rousseff à nova fórmula de divisão do dinheiro. Parlamentares de Estados que não produzem petróleo querem reduzir o percentual de recursos destinados aos chamados produtores, como Rio de Janeiro e Espírito Santo. Essa nova fórmula foi aprovada pelo Congresso, mas a presidente vetou a mudança. 


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