STF valida Operação Lava Jato e devolve ações penais à Justiça no Paraná

STF valida Operação Lava Jato e devolve ações penais à Justiça no Paraná

Com a decisão, parte da investigação que envolve o deputado federal André Vargas vai seguir no Supremo

Agência Brasil

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A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) validou nesta terça-feira as provas da Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF), e determinou que oito ações penais oriundas da investigação volte para a Justiça Federal no Paraná. Agora, as investigações da PF serão retomadas.

Com a decisão, parte da investigação que envolve o deputado federal André Vargas (sem partido-PR) vai seguir no STF. Já as acusações contra o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef vão voltar para a 13ª Vara Federal de Curitiba. O doleiro e outros acusados estão presos desde março.

Os ministros julgaram uma questão de ordem apresentada pelo ministro Teori Zavascki, que havia determinado a suspensão das investigações. Apesar de ter sustado a apuração, o relator determinou que somente parlamentares citados nos processos respondam às acusações no STF.

Por unanimidade, o voto foi seguido pelos ministros Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski e Celso de Mello.

Oito ações penais e toda a investigação da Polícia Federal foram paralisadas em maio por determinação de Zavascki, relator do processo no Supremo. Na ocasião, o ministro entendeu que, em função da presença de parlamentares, que são citados nas investigações, o juizado de primeira instância não poderia continuar com a relatoria dos processos. Por isso, deveria enviar todos os casos ao Supremo, para que os ministros decidissem quem seria investigado pela Corte.

A decisão de Zavascki foi tomada após o juiz Sérgio Moro, responsável pela investigação na Justiça Federal no Paraná, enviar ao ministro parte da investigação da Operação Lava Jato, na qual o Vargas (sem partido-PR) é citado. Moro remeteu as investigações ao STF por entender que cabia à Corte apurar a relação entre Vargas e o doleiro Alberto Youssef em função do foro privilegiado. O deputado Luiz Argôlo (SDD-BA) também é citado em outras conversas.

A relação entre Vargas e o doleiro dois tornou-se conhecida por meio de uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo publicada em abril. De acordo com o jornal, Vargas usou um avião do doleiro para uma viagem a João Pessoa.

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