Trogildo garante ter sido pego de surpresa com pedido de cassação do MP
Vereador eleito pelo PTB na Capital vai procurar a Justiça para "esclarecer a verdade"
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Já o presidente estadual do partido, Cassiá Carpes, declarou a legenda vai adotar as medidas cabíveis se as acusações contra Trogildo e o secretário afastado da Smov, Adriano Gularte, forem procedentes. Antes, porém, deve aguardar as determinações do PTB municipal, que já trata do caso em reuniões internas.
O promotor eleitoral Mauro Rockembach encaminhou ação à Justiça por compra de votos envolvendo Trogildo e Gularte. Os pedidos são para cassar a diplomação de Trogildo e impedir os direitos políticos de ambos por um período de oito anos.
Rockembach sustenta que durante a campanha houve abusos de poder econômico, com a propaganda de rua e da máquina pública, com a influência direta da Smov para a realização de obras da zona Norte à Sul, em redutos eleitorais de Trogildo, onde se comprovou nas urnas grande número de votos a favor dele nessas regiões.
Segundo o MP, as melhorias não haviam sido previstas entre as obras do Orçamento Participativo e foram supostamente incluídas no cronograma de forma fraudulenta. Rockembach ainda apontou que o candidato executou supostas benfeitorias públicas nas proximidades de um terreno do qual é dono, no bairro Ponta Grossa, provido de praia particular. A área foi adquirida por diversos compradores em uma espécie de sociedade, incluindo o ex-secretário da Smov Maurício Dziedricki, também do PTB, hoje deputado.
O terreno em questão, segundo o MP, ainda foi supostamente subavaliado na declaração de Imposto de Renda entregue pelo candidato a vereador ao TRE. O MP vai encaminhar representação sobre o fato à Receita Federal.
Além de asfaltamento em locais não autorizados pelo OP, Trogildo ainda foi denunciado por ter recomendado obras com dinheiro público em um condomínio localizado em uma área privada, pertencente à massa falida de uma empresa.
Fotografias e gravações de áudio serviram como provas para fundamentar a ação do MP na Justiça Eleitoral. Dois cabos eleitorais que, conforme a denúncia, participaram da compra de votos para Trogildo no bairro Rubem Berta também devem ser responsabilizados pelo promotor nos próximos dias. São eles o funcionário público Antônio Olímpio Guimarães Filho, conhecido como Toninho, que é cargo de confiança da Prefeitura, e o conselheiro do OP Maurício Melo.
