Vereador do União Brasil assume lugar de Alexandre Bobadra na Câmara de Porto Alegre

Vereador do União Brasil assume lugar de Alexandre Bobadra na Câmara de Porto Alegre

Cláudio Conceição ocupará a vaga deixada em função da cassação do vereador

Correio do Povo*

Claudio Conceição ocupou o cargo de vereador em 2018

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O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RS) realizou, na tarde desta quarta-feira, o recálculo dos votos das eleições para vereador de 2020 em Porto Alegre, após a cassação do mandato de Alexandre Bobadra (PL), na semana passada. Os 4.703 votos recebidos por Bobadra foram anulados e o recálculo, que modifica o quociente eleitoral e partidário, definiu que Cláudio Conceição, do União Brasil, deverá assumir como vereador da Capital. A posse está marcada para esta quinta-feira. 

Conceição já atuou como vereador, em 2018, quando assumiu o cargo em decorrência do falecimento do então parlamentar Tarcísio Flecha Negra, à época no PSD. Em 2020, filiou-se ao PSL, que era presidido por Bobadra. Na eleição para vereador, no mesmo ano, fez 4.331 votos.

O TRE-RS cassou, na tarde da última terça-feira, o mandato do vereador de Porto Alegre, Alexandre Bobadra (PL). Pela decisão, os 4.703 votos recebidos por Bobadra foram anulados e o recálculo do Tribunal alterou o quociente eleitoral e partidário. 

Antes da definição do TRE-RS sobre o recálculo dos quocientes eleitoral, Conceição já tinha expectativas de que poderia assumir a vaga do ex-colega de partido. Ele será o único parlamentar do União Brasil na atual legislatura.

O vereador Pedro Ruas (PSol) acompanhou o recálculo, representando a Câmara. Havia a expectativa que a vaga fosse para o PSol, por alteração no quociente eleitoral ou pela divisão das sobras por media. Ruas deixou o local com o ofício e fez a entrega ao presidente da Casa, Hamilton Sossmeier (PTB).

Sossmeier deu prosseguimento imediato à decisão da Justiça Eleitoral, formulando resolução de mesa para a alteração. A posse de Cláudio Conceição será realizada nesta quinta-feira, às 11h, no Salão Nobre Dilamar Machado da Câmara dos Vereadores.

Entenda o caso

A ação que moveu a cassação do ex-vereador foi movida por três ex-candidatos ao cargo pelo PSL, que após fusão com o Dem, virou União Brasil. Conforme a ação, Bobadra recebeu a quantia de R$ 280 mil do fundo eleitoral, valor que equivale a 43% dos R$ 650,2 mil enviados pelas direções nacional e estadual do PSL, além de aparecer na propaganda eleitoral destinada ao partido 31% mais tempo que os demais candidatos da legenda.

Os autores da ação alegam que o ex-presidente municipal da sigla promoveu “concentração inédita de recursos em sua própria campanha, inviabilizando a competitividade de seus correligionários”. A justiça entendeu haver desacordo da aplicação do fundo para candidatura de mulheres e negros.

O mandato foi cassado em julgamento com seis votos favoráveis e apenas um contrário, na última terça-feira. Mesmo perdendo a vaga no Legislativo, Bobadra não se torna inelegível, já que no julgamento em primeira instância, foi indicado que Bobadra obteve benefícios da 
situação, mas não garantiu provas de práticas abusivas.

*Colaboraram Felipe Nabinger e Rafael Renkovski


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