Zavascki determina que policiais do Senado voltem ao trabalho na segunda-feira
Grupo foi preso na semana passada no âmbito da operação Métis
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Com a decisão, quatro policiais legislativos e o chefe da Polícia do Senado, Pedro Ricardo Araújo de Carvalho, poderão retornar às suas atividades normais a partir de segunda-feira. Eles foram presos na semana passada e soltos no início dessa semana.
Na mesma decisão, Zavascki pediu parecer da Procuradoria-Geral da República para analisar o pedido para que as maletas antigrampo que foram apreendidas sejam devolvidas ao Senado. Os aparelhos foram usados pelos policiais legislativos para fazer varreduras em busca de escutas ambientais em gabinetes e residências particulares de alguns parlamentares. Segundo a PF, o equipamento guarda as memórias dos rastreamentos.
Mais cedo, ao solicitar a devolução das maletas, o Senado argumentou que a apreensão das mesmas “põe em risco a salvaguarda da atividade legislativa”. De acordo com um relatório da Casa, a falta dos equipamentos torna o Senado vulnerável.
A Operação Métis apurava supostas intervenções de contrainteligência do Senado para barrar as investigações da Operação Lava Jato e foi autorizada pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara da Justiça Federal, no Distrito Federal, que ordenou também a suspensão das atividades funcionais dos acusados.
A Policia Federal pediu que as maletas sejam periciadas antes de enviá-las ao gabinete de Zavascki. O pedido dos investigadores chegou ao Supremo após a solicitação do Senado para que os equipamentos sejam devolvidos à Polícia Legislativa.