Agropecuária brasileira amplia mercados com 78 novos acordos em 39 países

O governo federal anunciou a abertura de mercado no Butão para as exportações brasileiras de carnes de aves e celebrou a conquista de 78 novos mercados em 39 países no ano passado. Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o número é recorde e supera as marcas alcançadas nos últimos quatro anos (veja quadro abaixo). De janeiro a novembro de 2023, o Brasil vendeu o equivalente a 3,1 milhões de dólares para o Butão, montante 121,4% superior ao período anterior, de acordo com a plataforma Comex Stat, do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.

Entre os principais mercados alcançados em 2023, foram destaque o embarque de carnes bovina e suína brasileiras para o México e República Dominicana, respectivamente, além do algodão para o Egito e frutos de mamão "papaya" para o Chile. As concessões sanitárias enviadas pelos países parceiros resultam do trabalho do Mapa na elaboração de informações técnicas e de negociações para acordos de requisitos sanitários e fitossanitários. “Isso cria novas oportunidades para produtores do agro nacional exportarem dezenas de produtos e acessarem destinos até então inéditos, gerando renda e emprego em todo o país", destacou Roberto Perosa, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa.

Embargo suspenso

Além dos mercados externos, o Brasil conseguiu suspender o embargo à importação de carne bovina brasileira na China, após a confirmação de um caso isolado e atípico de Encefalopatia Espongiforme Bovina (mal da “vaca louca”). O país asiático também aceitou estoques de carne produzidos antes do início do embargo. O Brasil ainda teve reconhecida a certificação oficial de qualidade do algodão brasileiro pelo mercado chinês.

No Chile e em Cuba, foram celebrados acordos de cooperação para adoção do sistema de “pre-listing” para habilitação de estabelecimentos exportadores. Conforme a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o novo modelo torna mais simples e rápida a habilitação de plantas frigoríficas, que a autorização passa a ser feita pelas autoridades brasileiras, e dispensa a realização de missões sanitárias aos estabelecimentos. Os resultados são fruto do trabalho conjunto do Mapa e do Ministério das Relações Exteriores (MRE).

Novos destinos