Brasil exporta mais carne bovina no trimestre, mas sofre com queda de preço

Brasil exporta mais carne bovina no trimestre, mas sofre com queda de preço

Embarques em março foram de 206 mil toneladas, conforme Abrafrigo

Correio do Povo

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Os embarques de carne bovina brasileira (in natura e processados) foram de 206,05 mil toneladas em março, anotando incremento de 27% em relação ao mesmo período do ano anterior. A receita aumentou 21%, pulando para 856,9 milhões de dólares, mas o preço médio sofreu baixa no período, segundo dados da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo).

Na comparação com março de 2023, a movimentação no mesmo mês este ano apresentou queda de 4,5% nos preços médios, saindo de 4.356 dólares por tonelada no ano passado para 4.158 dólares este ano. No trimestre, a desvalorização dos preços médios chegou a 10,8%, de 4.520 dólares por tonelada nos primeiros três meses de 2023 para 4.033 dólares por tonelada no acumulado deste ano. No ano passado, os preços médios já haviam caído 23% em relação a 2022, fechando o ano a 4.276 dólares por tonelada, contra 5.582 dólares em 2022.

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A Abrafrigo divulgou os números a partir de compilação de dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Apesar das quedas de preços, os volumes têm gerado recordes seguidos. Conforme a Abrafrigo, em março do ano passado foram embarcadas 162.770 toneladas, gerando receita de 709 milhões de dólares. No mesmo mês de 2024, foram 206.053 toneladas (+27%), com receita de 856,9 milhões de dólares (+21%). No acumulado trimestral, foram exportadas 672.330 toneladas (+35%), contra 498.818 toneladas no mesmo período de 2023. A receita subiu de 2,255 bilhões de dólares para 2,712 bilhões de dólares (+20%).

O maior comprador da proteína brasileira continua sendo a China, com 41,1% do total movimentado, contra fatia de 45,7% em 2023. A Abrafrigo informou que os chineses compraram 276,34 mil toneladas (+21%) de carne bovina brasileira no primeiro trimestre deste ano, gerando receita de 1,222 bilhão de dólares (+9,4%). Os preços médios pagos pela China caíram de 4.900 dólares por tonelada, no ano passado, para 4.420 dólares, mas o volume maior sustentou o faturamento.


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