Brasil soma 19 focos de gripe aviária

Brasil soma 19 focos de gripe aviária

Rio Grande do Sul teve foco da doença confirmado em um cisne-de-pescoço-preto da Estação Ecológica do Taim

Correio do Povo

Óbitos são identificados desde a última quarta-feira

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O Ministério da Agricultura (Mapa) confirmou, nesta quinta-feira, seis novos focos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) no Brasil. Quatro estão no Espírito Santo, estado com 13 notificações. Outros dois foram identificados no Rio de Janeiro, onde há cinco casos. Com a confirmação de gripe viária na Estação Ecológica do Taim (ESEC), o país totaliza, até agora, 19 focos do vírus H5N1 em aves silvestres. As espécies infectadas são Atobá-pardo, Trinta-réis-de-bando, Trinta-réis-real, Corujinha-do-mato, Cisne-de-pescoço-preto, Trinta-réis-boreal e Biguá. 

Nesta quinta-feira, mais dois cisnes-de-pescoço-preto foram encontrados mortos na Lagoa Mangueira, em Santa Vitória do Palmar, pertencente ao Taim. Com isso, o número de óbitos de aves silvestres devido à gripe aviária no local subiu para 65, sendo 64 cisnes e uma Caraúna. 
As duas carcaças foram encontradas pelas equipes do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal Secretaria (DDA) da Agricultura (Seapi) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). 

“Conseguimos fazer um sobrevoo de Norte a Sul da área e avistamos mais dois cisnes-de-pescoço-preto mortos mais ou menos no centro da lagoa. Eles estavam a aproximadamente 30 quilômetros dos primeiros encontrados mortos na última semana”, disse o diretor adjunto do DDA, Francisco Paulo Nunes Lopes. Os animais serão resgatados, incinerados e enterrados nesta sexta-feira.
Minas Gerais

O Mapa também confirmou a detecção do vírus H9N2 da Influenza Aviária de Baixa Patogenicidade em Minas Gerais. A cepa foi identificada em um pato de vida livre da espécie  Cairina moschata, na cidade de Pará de Minas. Mas o novo subtipo da doença não tem relação com os casos de alta patogenicidade, causados pelo H5N1, encontrados no ES, no RJ e no RS. Segundo a pasta, o caso não requer a aplicação de medidas emergenciais e não compromete a condição do Brasil como país livre de IAAP.

O Mapa reforça que a influenza aviária de baixa patogenicidade não é uma doença de notificação obrigatória à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e não traz restrições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros.


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