Agronegócio está entre os principais focos de inovação no Rio Grande do Sul

O Programa Avançar na Inovação, da Secretaria da Inovação, Ciência e Tecnologia (SICT), destina R$ 38,5 milhões ao agronegócio, o que equivale a 34% de seus totais, como descrito nesta segunda-feira (6) pela secretária da Inovação, Ciência e Tecnologia Simone Stülp. Ela palestrou no painel Cenários e tendências tecnológicas do Agro no Brasil, parte da programação da Arena Agrodigital na 23ª Expodireto Cotrijal, evento que ocorre em Não-Me-Toque entre os dias 6 e 10 de março. O painel também apontou para a necessidade de se agregar valor e divulgar a inovação do agronegócio gaúcho.

O Brasil tem um crescimento na produção alimentos projetado para 41% até 2027 pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês), comparado a, por exemplo, 10%, 12% e 7% para Estados Unidos, União Europeia e Rússia, respectivamente. Essa projeção, juntamente com o agravamento das mudanças climáticas, faz com que o país tenha cada vez mais necessidade de investir em inovação, de acordo com o mediador do painel Luís Humberto Villwock. 

Nesse sentido, o Rio Grande do Sul busca agregar valor a seus produtos, com investimento na olivicultura, por exemplo, que colocaram os azeites gaúchos entre os melhores do mundo, e em tecnologia para a agricultura (chamadas de agritechs). No evento, Villwock citou que o Estado é o segundo maior gerador desse tipo de tecnologia no Brasil, com um total de 133. Nesse sentido, o agronegócio é citado entre as áreas estratégicas de seis dos oito ecossistemas regionais de inovação do Rio Grande do Sul, como salientou Simone. Entre os editais promovidos pela SICT, 45% dos recursos do edital Clusters, para criação de cluster tecnológicos, e 33% do RITES, para Redes Inovadoras de Tecnologias Estratégicas , são destinados ao agronegócio. 

O governador do Estado, Eduardo Leite, a ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina, o senador Hamilton Mourão, o secretário da Agricultura e Pecuária do Estado, Giovani Feltes, o presidente da Cotrijal, Nei Mânica, e outras autoridades também estiveram presentes no painel. “É importante que a gente possa desenvolver localmente soluções tecnológicas, então além do que se acopla à nossa produção agrícola pelo que a Arena Digital proporciona para que produtores conheçam novas tecnologias, a gente quer que essa Arena signifique também inspiração para os nossos estudantes e empreendedores desenvolverem tecnologia em nível local”, afirmou Leite.

A Arena Digital

Em seu terceiro ano de atividade, o Espaço da Arena Digital na Expodireto Cotrijal traz, além de uma curadoria de tecnologias inovadoras de todo o Brasil, uma programação que trata de soluções tecnológicas diferentes lugares do mundo, a começar pelo Painel Brasil, na segunda-feira (6), O Painel Israel, na terça-feira (7), o Painel Vale do Silício, na quarta-feira (8), o Painel China, na quinta-feira (9) e, por fim, o Painel Europa, na sexta-feira (10).