Rio Grande do Sul registra o primeiro foco de gripe aviária em 2024

Rio Grande do Sul registra o primeiro foco de gripe aviária em 2024

Enfermidade foi confirmada em duas aves silvestres da espécie caraúna, encontradas em um açude do município de Rio Pardo

Correio do Povo

Serviço Oficial Veterinário da Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul no monitoramento contra a gripe aviária no Estado

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O sexto foco de gripe aviária no Rio Grande do Sul foi confirmado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi). A detecção de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1) em duas aves silvestres da espécie caraúna (Plegadis chihi), também conhecida por maçarico, em um açude no município de Rio Pardo ocorreu no domingo. Os outros casos registrados no território gaúcho envolveram aves silvestres e mamíferos aquáticos (leões-marinhos e lobos-marinhos).

O Serviço Veterinário Oficial atendeu a notificação e encaminhou a amostra na sexta-feira (8) para o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Campinas (LFDA-SP), unidade referência da Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA). Conforme a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Seapi, Rosane Collares, uma reunião técnica com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e a Superintendência de Agricultura e Pecuária do Estado foi realizada neste domingo para nivelar informações e definir a estratégia de atuação a partir desta segunda-feira.

“As equipes da Secretaria da Agricultura atuarão na vigilância ativa, monitorando inicialmente o raio de cinco quilômetros a partir do foco, a fim de evitar uma possível disseminação da doença e levar orientação aos criadores para manterem cuidados de biossegurança em suas propriedades, especialmente evitando a circulação de aves e, na medida do possível, impedindo ambientes de convívio entre aves silvestres e domésticas”, disse Rosane.

Entenda a doença

  • O que é a gripe aviária?

A doença também conhecida como Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) é causada pelo vírus H5N1 e acomete principalmente aves. No entanto, pode infectar mamíferos (terrestres e aquáticos) e humanos.

  • Quais os sintomas da gripe aviária em animais?

As suspeitas de influenza aviária incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita em animais.

  • Como ocorre o contágio da gripe aviária?

O vírus pode se espalhar através do contato direto ou indireto entre animais infectados e não infectados ou entre animais e humanos.

  • O que fazer em caso de suspeita de gripe aviária?

As notificações devem ser feitas imediatamente à Secretaria da Agricultura por meio da Inspetoria de Defesa Agropecuária do município, do Whatsapp (51) 98445-2033 ou do e-mail notifica@agricultura.rs.gov.br.

  • Como intensificar a vigilância contra a gripe aviária?

Recomendações aos produtores

  • Reforço das medidas preventivas nos estabelecimentos avícolas.
  • Revisar as telas, passarinheiras, portões e cumeeiras dos galpões.
  • Proteger fontes, caixas d’água e silos de ração do contato com aves de vida livre.
  • Desinfecção de veículos na entrada e saída (atenção para a correta diluição, conforme recomendação na bula).
  • Trocar roupas e calçados para ingressar na unidade produtiva.
  • Não permitir a entrada de pessoas alheias ao processo produtivo nas granjas.
  • Criações de aves com acesso a piquetes ou pátios: recomenda-se o fechamento das aves em galpões ou galinheiros e a proteção de bebedouros e comedouros para que seja evitado o contato com aves de vida livre.
  • Comunicar imediatamente a Inspetoria de Defesa Agropecuária (IDA) em caso de ocorrência de alta mortalidade (maior ou igual a 10% em 72 horas) ou da identificação de aves com sinais respiratórios, neurológicos ou digestórios.

Recomendações à população

  • Não manipular nem recolher aves mortas ou moribundas.
  • Adquirir aves somente em casas agropecuárias devidamente autorizadas.
  • Comunicar imediatamente o Serviço Veterinário Oficial sobre a ocorrência de aves com sinais respiratórios, neurológicos, digestórios ou alta mortalidade, inclusive em aves silvestres.

Fonte: Seapi


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DESDE 1º DE OUTUBRO 1895