Saúde

Antídotos para contaminação por metanol chegam na noite desta quarta-feira a Porto Alegre

Rio Grande do Sul receberá doses de etanol farmacêutico e fomepizol para casos de emergência, após confirmação do primeiro caso

Brasil tem casos de intoxicação por metanol em bebidas alcoólicas
Brasil tem casos de intoxicação por metanol em bebidas alcoólicas Foto : Mauro Schaefer

O Ministério da Saúde confirmou o envio de antídotos para intoxicação por metanol ao Rio Grande do Sul, após a constatação do primeiro caso identificado no Estado. Segundo o diretor-presidente do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), Gilberto Barichello, que está em Brasília para tratar do tema, 60 ampolas de etanol farmacêutico devem chegar a Porto Alegre na noite desta quarta-feira (8), em voo previsto para 23h15min. O material será encaminhado à Secretaria da Saúde da Capital.

De acordo com Barichello, o Ministério possui atualmente 4.000 ampolas de etanol doadas pelo laboratório Cristália e 4.100 pela Ebserh. Até o momento, já foram distribuídas 1.185 ampolas a nove estados, incluindo o Rio Grande do Sul.

Além do etanol, o Ministério informou a aquisição de 2.600 ampolas de fomepizol, antídoto também indicado para tratar intoxicações por metanol. A carga, comprada por meio da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS), deve chegar ao país na manhã de quinta-feira (9), pelo aeroporto de Guarulhos (SP), e seguirá no mesmo dia aos estados com registros de casos, entre eles, o Rio Grande do Sul.

“Adicionalmente, está em andamento um processo de aquisição por meio de Ata de Registro de Preços, o qual garantirá um instrumento formal para seguir com o atendimento a eventuais aumentos na demanda pelo antídoto.”, afirmou Barichello.

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Caso em Porto Alegre

O primeiro caso que agora é tratado em Porto Alegre envolve um morador de Porto Alegre, de 42 anos, que ingeriu bebida alcoólica em São Paulo no dia 26 de setembro. Um dia depois, começou a apresentar sintomas como vômito, dores abdominais, tonturas alterações na visão. O paciente procurou atendimento no dia 30, no hospital São Lucas da PUCRS. Segundo o secretário Fernando Ritter, ele ainda sente-se um pouco fraco, mas passa bem.

"A equipe suspeitou de provável intoxicação por metanol e já acionou o protocolo que foi lançado pelo Ministério da Saúde. (O lançamento) Foi posterior a esse primeiro caso, mas a literatura já é muito clara e o hospital seguiu todas as regras. O exame foi para o laboratório parceiro e o resultado chegou nessa madrugada", relata. Um outro caso, ainda sob investigação, é de um paciente que procurou a emergência do hospital Santa Casa.