Uma campanha de doação de sangue reuniu centenas de jipeiros na manhã deste sábado, em Porto Alegre. A iniciativa foi coordenada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), em parceria com o grupo Trilha da Vida e hospitais da cidade. Segundo a Prefeitura, esta foi a maior movimentação coletiva do tipo realizada na Capital em anos recentes.
De acordo com Ricardo Bastos, um dos organizadores do evento, a mobilização reuniu mais de 300 doadores, divididos em cerca de 200 veículos. Eles se dirigiram ao Hospital de Clínicas, Hemocentro do RS, Hospital São Lucas da PUCRS, Grupo Hospitalar Conceição, Santa Casa de Porto Alegre e Hospital de Pronto Socorro. Todos os bancos de sangue operaram em sincronia durante a ação.
De acordo com Bastos, as redes sociais potencializaram a adesão de voluntários ao movimento. “A tecnologia é uma grande aliada. Através da internet, nossa mensagem reverbera muito mais e ampliamos a conscientização das pessoas. Prova disso é que, além do grupo de Porto Alegre, o ato também contou com a participação de moradores de Guaíba e da Serra gaúcha”, disse.
O ponto de encontro dos participantes foi a Orla do Gasômetro. Por volta das 8h30min, eles seguiram em comboios rumo aos hospitais. O trajeto teve apoio logístico da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) e da Guarda Municipal, com a escolta de batedores.
O prefeito Sebastião Melo esteve presente na ocasião e exaltou o esforço dos voluntários. Também relembrou o empenho deles nas enchentes do ano passado.
“Esse ato é um sopro de esperança para milhares de pessoas que precisam de doação de sangue. Nossos jipeiros têm feito diversos atos de solidariedade. Nas enchentes de 2024, salvaram muitas vidas. Tenho gratidão a eles. Esse é um evento que veio para ficar”, enfatizou o prefeito.
O secretário de Saúde, Fernando Ritter, também destacou a importância do ato ter ocorrido próximo às festas de fim de ano, período em que os hospitais tendem a registrar alta procura por sangue. Ainda classificou Porto Alegre como exemplo de solidariedade no país.
“O final do ano é um período em que os estoques de sangue costumam ter redução. Por outro lado, é uma época em que acidentes de trânsito e outros tipos de ocorrências tendem a subir. As vezes um único paciente pode precisar de 20 bolsas de sangue. Então, as reservas acabam muito rapidamente. Agradeço aos jipeiros e aos hospitais. Espero que o ato em Porto Alegre possa ser replicado no Brasil inteiro”, afirmou o titular da Saúde.