Saúde

Porto Alegre busca apoio em Brasília para a ampliação do HPS

Objetivo é captar emendas das bancadas gaúchas na Câmara e no Senado; projeto demanda investimento de R$ 140 milhões

Paulo Guimarães e Tatiana Breyer em Brasília
Paulo Guimarães e Tatiana Breyer em Brasília Foto : Paulo Geovane / Câmara Federal / CP

A prefeitura de Porto Alegre apresentou nesta quinta-feira, 30, à bancada federal gaúcha o projeto de ampliação do Hospital de Pronto Socorro (HPS), uma das principais unidades de urgência e emergência do Estado. O encontro ocorreu durante almoço na Capital articulado pelo prefeito Sebastião Melo e pelo coordenador da bancada, deputado Marcelo Moraes. O investimento estimado é de R$ 140 milhões, valor necessário para duplicar a capacidade de atendimento da instituição.

Participaram da reunião a vice-prefeita Betina Worn e o secretário municipal de Saúde, Fernando Ritter. De acordo com Melo, a ampliação do HPS é uma prioridade da gestão, mas depende da união de esforços entre diferentes níveis de governo e sociedade.

“Em nome dos usuários do SUS, temos a missão de ampliar esse hospital que salva muitas vidas todos os dias. O caminho para essa duplicação passa por uma governança integrada entre as esferas municipal, estadual e federal, porque este é um legado que ficará para a população”, destacou o prefeito.

O novo prédio, que deverá ocupar uma área de 11 mil metros quadrados, contará com oito andares e até 110 novos leitos, mais do que dobrando a atual estrutura — que hoje dispõe de 95. Com isso, a capacidade total poderá chegar a 205 leitos.

Dois dias antes, na terça-feira, 28, o diretor de Relações Institucionais da Secretaria de Saúde da Capital, Paulo Guimarães, e a diretora do HPS, Tatiana Breyer, estiveram em Brasília para apresentar o projeto a todos os 31 deputados federais e três senadores gaúchos. O objetivo foi reforçar a importância do hospital para a saúde do Estado.

“Deputados de diversos partidos fizeram intervenções favoráveis à concessão de emendas. Estamos muito esperançosos”, afirmou Guimarães, coordenador da captação de recursos.
“Tentamos sensibilizar a bancada federal da importância que terá a construção do anexo, pois somos atualmente o único hospital de pronto socorro do Estado em atividade”, reforçou.

Estrutura sobrecarregada

Com média de 400 urgências e emergências por dia, o HPS enfrenta sobrecarga constante. Somente em 2024, foram 375 mil consultas e procedimentos realizados, segundo dados da SMS. A ampliação aliviaria a pressão sobre o atendimento e garantiria mais qualidade e segurança aos pacientes e profissionais, entende a gestão municipal.
O projeto prevê dois andares destinados a internações, além da transferência de setores administrativos e da UTI de Queimados para o novo prédio, abrindo espaço para uma nova UTI Geral no edifício histórico. Está previsto ainda um auditório para eventos e capacitações.
A modernização incluirá a aquisição de equipamentos de alta complexidade, como ressonância magnética, serviço ainda não disponível no hospital.

Financiamento em etapas

A proposta é executar a expansão em três etapas, com aportes de cerca de R$ 50 milhões cada.
Além dos recursos públicos, a Prefeitura espera contar com apoio da iniciativa privada e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). As doações feitas por empresas serão destinadas a uma conta auditada pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul, com uso exclusivo para a expansão do HPS.

“Queremos o apoio da sociedade, pedimos que as empresas nos ajudem. Estes valores têm destinação exclusiva para o hospital. É um somatório de esforços para que esse anexo saia do papel”, reforçou Guimarães.

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