Porto Alegre ultrapassa 50% de prioritários vacinados com procura variável entre postos e expectativa de aliviar leitos

Porto Alegre ultrapassa 50% de prioritários vacinados com procura variável entre postos e expectativa de aliviar leitos

Tempo de espera entre unidades tem se mantido razoável, com procura naturalmente maior na Capital em locais de referência

Felipe Faleiro

Vacinação contra gripe e dengue em Porto Alegre

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Foi cumprida por uma mínima margem a meta da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Porto Alegre, de imunizar ao menos 50% dos grupos prioritários da população, sendo eles crianças, gestantes e idosos, contra a gripe, até o final de maio. De acordo com dados do Ministério da Saúde, até o último domingo, o contingente de imunizados era de 50,25%. Mas isto, no entanto, não significa que a pressão sobre o Sistema Único de Saúde (SUS) tenha reduzido, no que tange à superlotação nos leitos clínicos, cujos índices no serviço público continuam altos.

No último final de semana, a SMS disse não saber quando o problema irá ser resolvido, mas, no último final de semana, houve a aplicação de mais de duas mil doses. Na retaguarda, estão em andamento ações para ampliação de vagas em hospitais, como a Operação Inverno, no qual houve investimentos de R$ 13,3 milhões em recursos municipais e federais, mais o anúncio de verbas extras para a Saúde, pelo governador Eduardo Leite.

Já quanto à dengue, a vacinação da mesma forma tem se mantido em um patamar razoável, e com a chegada do frio mais intenso, despencou o número de confirmações, conforme o diagrama da SMS. O pico de moradores confirmados pela doença entre moradores da Capital foi na semana epidemiológica 14, com 2.007 em uma semana, caindo para 153 na semana 23.

A SMS disse que fez, há pouco, o Dia D de vacinação contra a gripe, que aplicou mais de 50 mil doses em um sábado de maio e, de certa maneira, impulsionou o número de imunizados. Ainda segundo o Ministério, os idosos têm sido os que mais procuram a imunização na Capital, com 54,99%, seguido pelas crianças, com 35,3%, enquanto apenas 18,82% das gestantes haviam buscado o imunizante contra a influenza. Porto Alegre observa, ainda, uma discrepância na procura conforme as unidades, ao qual não existe uma razão clara. Citadas por moradores como locais respectivamente com alto e baixo fluxo, as unidades Santa Marta, no Centro Histórico, e IAPI, têm bom movimento sempre, disse a SMS.

No Centro de Saúde Modelo, um dos locais de referência na vacinação, a média de vacinas aplicadas se aproxima de mil por dia, segundo a enfermeira e coordenadora da Clínica da Família Modelo, Silvia Naiara Corrêa. Entre 15 de maio e o último domingo, o local aplicou pouco mais de 18 mil doses, número considerado bom. “As sextas-feiras são nosso dia de maior procura, porque pessoas podem apresentar efeitos adversos, passam o final de semana em casa e, assim, conseguem se recuperar até a segunda”, comentou Silvia.

O tempo de espera no Modelo tem sido de 20 a 30 minutos, acrescentou ela. Já em unidades menores, a busca tem sido razoável, com filas menores, refletindo no período de aguardo. As unidades de saúde Farrapos e Fradique Vizeu funcionam de maneira improvisada no mesmo local, em lados diferentes de uma paróquia no bairro Navegantes, na zona Norte, pois ambas foram atingidas pelas enchentes de maio de 2024.

Somente a primeira está vacinando, já que a segunda segue em reformas, ou seja, a Farrapos acaba absorvendo algumas demandas clínicas da Fradique. Mas a gerente da unidade Farrapos, Marcelina Ceolin, observa que a vacinação é porta aberta, com qualquer pessoa, independentemente de onde mora, podendo se vacinar em qualquer unidade. “Percebemos um aumento da procura em relação ao ano anterior, e também a Prefeitura vem montando estratégias para contemplar mais pessoas, como abrindo aos finais de semana. No sábado, tivemos uma boa busca”, citou Marcelina. Tanto o Modelo quanto o Farrapos têm sido abertos igualmente aos sábados, como parte das ações da já citada Operação Inverno.

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