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Provedor da Santa Casa destaca acervo do Correio do Povo: “a história do Rio Grande está aqui”

Café da manhã marcou encontro em que os dirigentes conheceram o espaço e destacaram a importância da preservação da memória do Estado

Provedor Alfredo Guilherme Englert visitou o acervo histórico de fotografias e jornais
Provedor Alfredo Guilherme Englert visitou o acervo histórico de fotografias e jornais Foto : RIcardo Giusti

A direção da Santa Casa de Porto Alegre visitou, nesta segunda-feira (6), o acervo histórico do Correio do Povo. O provedor Alfredo Guilherme Englert, o atual diretor-geral Julio Flávio Dornelles de Matos, o novo diretor-geral Jader Pires - que está em transição para assumir o posto - e a gerente de Comunicação e Marketing, Andrea Schüür Macagnan, foram recebidos pelo diretor presidente do jornal, Marcelo Dantas, para um café da manhã seguido de uma visita pelos arquivos, no prédio situado na rua Caldas Júnior, no Centro Histórico da Capital.

Durante o encontro, os representantes da Santa Casa conheceram o acervo fotográfico e as edições preservadas ao longo dos 130 anos de história do veículo. Impressionado com a organização e a riqueza do material, Englert destacou a relevância histórica do acervo e o impacto do projeto de digitalização que está em andamento. “A história do Rio Grande está aqui. Ficamos impressionados com o acervo e com a facilidade de acesso às edições. O doutor Júlio pediu para ver um exemplar sobre a Santa Casa e, em meio minuto, foi encontrado. É realmente uma maravilha”, afirmou.

O provedor ressaltou a importância do processo de digitalização para garantir o acesso e a preservação do conteúdo histórico. “Aqui está muito bem guardado, mas a digitalização é essencial para tornar tudo ainda mais seguro e acessível. É a história do gaúcho que está sendo preservada”, completou.

Englert também pôde visualizar fotos da época em que atuava como juiz em Cruz Alta. Após a visita, os dirigentes receberam uma cópia da capa do jornal publicada na data de nascimento de cada um.

No dia 1º de outubro, o jornal completou 130 anos de trajetória, contando e guardando a história do Estado. Desde a sua fundação, milhares de edições somam mais de 7 milhões de páginas armazenadas no arquivo histórico. Além do próprio Correio do Povo, estão preservadas edições da Folha da Manhã, Folha da Tarde e Folha Esportiva — periódicos que integraram o grupo ao longo da sua trajetória.

Em junho, a Câmara de Porto Alegre aprovou por unanimidade o projeto de lei que declarou o Correio do Povo como patrimônio histórico-cultural de Porto Alegre. A iniciativa reconheceu o veículo de comunicação por sua relevância “que transcende o campo jornalístico e o consolida como parte fundamental da história, da cultura e da identidade do município”.

Exposição marca os 130 anos do Correio do Povo

Para marcar a celebração dos 130 anos de um dos mais tradicionais jornais do país, a exposição "O Tempo em Notícias" ocorre nas dependências do Espaço Cultural, localizado na rua Caldas Júnior. A exposição, que é aberta ao público, viaja por um século de jornalismo, com materiais que retratam os momentos mais marcantes da história retratados nas páginas do jornal. A mostra celebra a longevidade do Correio do Povo e o seu papel fundamental na construção da memória coletiva e no exercício da democracia.

Entre as diversas páginas históricas selecionadas na curadoria, momentos históricos que ocorreram em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, no Brasil e no mundo, como a ida do homem à Lua, a morte de Senna, a Constituição de 1988,Impeachment de Collor o título de Campeão do Mundo do Inter, o 7x1 na Copa do Mundo de 2014 e a tragédia na boate de Santa Maria. A mostra conta, também, com registros de empregadores e fotos de personalidades como Getúlio Vargas, o papa João Paulo II, Carlos Gomes, Frank Sinatra, Érico Verissimo e Mario Quintana.

Além dos exemplares antigos, a exposição também mostra instrumentos que fizeram parte da modernização do jornal. Entre elas, um linotipo, máquina tipográfica mecânica utilizada na impressão do jornal que revolucionou ao fundir linhas de texto em metal a partir de um teclado, substituindo a composição manual. A máquina estava localizada no parque industrial do Correio do Povo, localizado no Quarto Distrito, que foi duramente atingido pela enchente de maio de 2024. O instrumento foi totalmente coberto pela água. Para recuperá-lo à exposição, foi necessário fazer uma limpeza robusta.

Também estão expostos no espaço outros objetos, como cadeiras e itens de uso de pessoas que antecederam os atuais colaboradores.

Os exemplares, fotos e registros estão expostos em vitrines que foram doadas pela Biblioteca Pública do Estado (BPE). A visitação está aberta ao público até o dia 24 de outubro, das 10h às 16h.

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