Hora da palavra final no segundo turno
É desejável que todos participem do escrutínio que vai colocar à frente da prefeitura aqueles que vão governá-la por um mandato de quatro anos. O atendimento das demandas locais dependem de uma boa escolha no pleito.
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Entramos na reta final da campanha eleitoral do segundo turno, que ocorre em 15 capitais e em 36 outros municípios brasileiros com mais de 200 mil eleitores, incluindo nesse rol cinco municípios gaúchos – Caxias do Sul, Pelotas, Canoas, Santa Maria e a capital, Porto Alegre. No domingo, os habilitados a votar dessas localidades estão sendo chamados a votar para escolher seus prefeitos entre os dois mais bem colocados no primeiro turno.
É importante frisar que, no sistema federativo em vigor no país, os municípios detêm a legitimidade para atuar em diversas frentes, tendo atribuições em serviços essenciais como saúde, educação, saneamento, trânsito, mobilidade urbana, infraestrutura, seja de forma própria, seja de forma conveniada. Ou seja, sua responsabilidade é muito grande perante os interesses da coletividade e, para que os escolhidos estejam em condições de cumprir plenamente com suas obrigações, é necessário que passem pelo crivo dos seus munícipes. Para tanto, é desejável que todos participem do escrutínio que vai colocar à frente da prefeitura aqueles que vão governá-la por um mandato de quatro anos. Trata-se de um grande desafio, haja vista que a nação tem problemas estruturais pela frente que envolvem questões socioeconômicas que não poderão ser resolvidos sem políticas publicas eficientes as quais, na maioria das vezes, são engendradas a partir do fator local.
Diante da necessidade de que os eleitos tenham a mais ampla legitimidade, torna-se imperioso que se reduza a abstenção, que está extremamente alta no Estado, a exemplo de Canoas, com 31,83%, e Porto Alegre, que marcou 31,51%, números do primeiro turno. É nas cidades que os moradores têm uma relação mais próxima com os candidatos, podendo conhecer melhor seu potencial para cumprir seus programas e governar da melhor maneira. Essa tarefa cívica não pode ser delegada e cada eleitor precisa demonstrar na urna sua vontade, que pode e deve fazer toda a diferença no cômputo geral, influindo nos rumos da governança local no próximo quadriênio.