Um chamado pela saúde coletiva

O Ministério da Saúde emitiu uma determinação no sentido de que a vacina contra a gripe está liberada para aplicação em todos os brasileiros acima de seis meses, liberação que começou já nesta segunda-feira. A meta é atingir 90% da população. Como se sabe, a gripe é uma doença que, além de causar os próprios danos ao infectado, também pode servir de enfermidade oportunista para que outros males físicos se manifestem, muitos deles atingindo com gravidade os pacientes e podendo até mesmo ser letal, sem falar que, até agora, já foram registradas, até o fim de abril, cerca de 250 mortes por decorrência dessa patologia. A pasta reiterou a imprescindibilidade da imunização porque reduz a carga viral, sobretudo em pessoas com problemas variados de saúde e idosos, prevenindo hospitalizações e mortes e ainda reduzindo a demanda nos serviços de saúde. 

Além do valor específico desta campanha, ela é um importante ativo para ressaltar perante toda a população a relevância da adesão às vacinas. Elas são uma conquista da ciência e representam um grande passo para a humanidade no sentido do bem-estar social e coletivo, tendo, inclusive, contribuído para o aumento da expectativa de vida em todo o mundo. Infelizmente, por conta de uma campanha crescente de desinformação que grassa pela sociedade, com boatos apontando para falsos efeitos colaterais das doses, milhões de pessoas têm deixado de se vacinar e, por conta disso, até mesmo as crianças, mais indefesas, vêm sendo alvo de doenças que se julgavam erradicadas, como é o caso do sarampo. 

Nunca é demais relembrar que a saúde é um bem grandioso e que não se pode negligenciar em relação a ela. Não são críveis as desculpas correntes para não se imunizar, uma vez que o poder público disponibiliza sem ônus, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), as aplicações de forma massiva. O Brasil precisa retomar seus históricos índices vacinais, o que representa o maior reforço para o sistema imunológico de cada um, beneficiando a todos.