Quem viaja para o Litoral Norte já está acostumado com as diversas placas indicando o caminho até o Morro da Borússia, um dos principais pontos turísticos de Osório. Nessa mesma localidade, além do belo mirante que entrega uma paisagem única da região, está instalado o Frigorífico Borrússia, uma das mais tradicionais indústrias do Rio Grande do Sul, que desde 1991 tem como objetivo entregar momentos especiais em família, segundo o diretor administrativo Toio Formagio.
Para ele, por conta desta relação embasada na qualidade do produto, a produção do frigorífico precisará de um implemento. O plano da marca é trabalhar com uma nova fábrica nos próximos anos, mas sem deixar a região onde a empresa nasceu e cresceu.
“Atualmente, 95% das vendas são centralizadas no RS. Temos áreas de expansão em Santa Catarina e no Paraná, mas sabemos que a nossa fábrica está bem compacta, por isso estamos trabalhando com os planos de uma nova planta com maior capacidade para atender todo o mercado”, contou.
Formagio cita ainda que, nos últimos cinco anos, a produção na atual planta aumentou em 300% por conta da demanda do mercado e de investimento em melhorias estruturais. “Por isso, buscamos sempre por novas tecnologias. A ideia é realmente possuir uma nova planta para que tenhamos a possibilidade de atender outras regiões do Brasil e até para exportar, pois nos contatam muito por conta da qualidade do frigorífico. Mas a tendência é que a gente fique na nossa cidade ou nas proximidades. Nascemos e nos criamos aqui. Temos raízes no nosso litoral”, completou.
Atualmente, a empresa abate, em média, 980 animais por dia, podendo passar de mil dependendo da época do ano. A produção diária da Borrússia, de acordo com o diretor, é de 100 a 120 toneladas de produtos. Além disso, a empresa possui uma linha com mais de 40 produtos derivados da carne suína e, para 2025, a expectativa é aumentar esse número.
“Às vezes, o cliente relaciona o frigorífico só com o salsichão, mas nós temos muitos subprodutos, como defumados, cozidos, torresmo e mais. Para 2025, queremos lançar novos, como as linguiças parrilleras, presuntos e salames. Tudo isso está sendo elaborado e estudado, pois passa sobre um crivo do nosso próprio cliente, para que ele dê a sua opinião antes de qualquer tipo de lançamento. Nós buscamos, acima de tudo, manter a qualidade que nos trouxe até aqui”, salientou.
INDÚSTRIA BORÚSSIA PLANEJA EXPANSÃO
E parte desta construção conjunta de novos produtos acontece através da aproximação que o Frigorífico Borrússia cria com o cliente, especialmente no Litoral Norte durante o veraneio. Assim como em 2024, a empresa montou um lounge exclusivo na praia de Atlântida, em Xangri-Lá, para consolidar a marca e aprimorar o contato com o consumidor final. No espaço, além de promover encontros com convidados e estreitar relações de mercado, a empresa ainda oferece momentos de degustação de produtos já consolidados e que estão por vir.
“E não é cobrado nada. São degustações para o cliente entender que a carne suína e os embutidos têm mais possibilidades do que eles imaginam. O nosso assador, que é um defensor da marca, elabora cardápios justamente para o cliente final nos dar ideias e trazer opiniões construtivas. Um dos produtos que lançamos no ano passado, a calabresa, foi para lá, o pessoal degustou, nos deu opinião e nós trouxemos de volta para a indústria para melhorar o produto. Ter aquela base, e esse contato direto com o cliente, é de extrema importância para a empresa. Isso nos faz evoluir”, explicou Toio Formagio.
Para o diretor, essa busca incessante por qualidade é a receita que faz o público final se apaixonar pelos produtos do Frigorífico Borrússia, desde os primórdios da marca. A história da empresa começa nos anos de 1980, quando os irmãos João Deloci Dias da Silveira e Enedir Dias da Silveira, junto de suas esposas Adélia Formagio e Nelci Grassi, trabalhavam por conta própria. A linguiça era feita em casa e vendida de porta em porta. Em 1991, as duas famílias de empreendedores uniram forças para fundar o frigorífico.
“A paixão do público pela marca está muito ligada com a responsabilidade e isso a gente aprendeu de berço. Meu pai e meu tio sempre nos ensinaram a fazer o melhor, não importa quanto e não importa o custo. Fazemos isso pois entendemos que a Borrússia participa de momentos familiares. Se você faz um churrasco e usa uma salsicha de má qualidade, esse produto vai estragar o seu momento familiar. Então a gente não entrega nada do que não queremos para as nossas próprias famílias. Essa é a identidade da Borrússia”, finalizou.