Indígenas fazem protesto em frente ao Planalto, enquanto Lula se reúne com lideranças

Indígenas fazem protesto em frente ao Planalto, enquanto Lula se reúne com lideranças

Esplanada dos Ministérios, em Brasília, está fechada desde o início da quinta-feira, para a manifestação

Estadão Conteúdo

Na frente do Planalto, foi estendido um cartaz que dizia: "Pela imediata declaração de inconstitucionalidade da lei 14.701/23", que diz respeito ao marco temporal

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Entidades indígenas realizaram, na quinta-feira, 25, uma manifestação em frente ao Palácio do Planalto. A concentração em frente ao edifício ocorreu enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reunia com lideranças e coordenadores de organizações indígenas no Planalto.

Desde o início da quinta-feira, 25, a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, está fechada na altura da Catedral de Brasília para a manifestação indígena. As lideranças começaram a marchar em direção ao Palácio do Planalto por volta das 16h30min. Por volta das 17h30min, o movimento passou a se dissipar.

Enquanto ocorria a manifestação, Lula estava reunido com ministros e lideranças para falar sobre a pauta indígena. Também participam da reunião a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, o ministro da Secretaria-Geral, Márcio Macêdo, além das lideranças.

Na frente do Planalto, foi estendido um cartaz que dizia: "Pela imediata declaração de inconstitucionalidade da lei 14.701/23", que diz respeito ao marco temporal. Outro cartaz, que foi aberto mais próximo ao prédio do Supremo Tribunal (STF), estava escrito: "Nosso marco é ancestral, sempre tivemos aqui".

O marco temporal é uma interpretação de um artigo da Constituição Federal. Esse entendimento prevê que uma terra indígena só pode ser demarcada com a comprovação de que os povos originários estavam no local requerido na data de promulgação da Constituição, ou seja, no dia 5 de outubro de 1988.

A Câmara aprovou o marco temporal em maio de 2023. Em setembro, o STF derrubou a tese e invalidou o argumento da linha de corte temporal. Mesmo assim, seis dias depois da decisão da Suprema Corte, o texto foi aprovado no Senado. Ao sancionar a lei, em outubro, Lula vetou o trecho que causaria o impasse jurídico, mas o Congresso derrubou o veto em dezembro.

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