Domingo internacional na Feira do Livro de Porto Alegre

Domingo internacional na Feira do Livro de Porto Alegre

Programação prevê a participação de autores como Afonso Cruz (Portugal), Feda Shtia (Jordânia) e outros

Luiz Gonzaga Lopes

Afonso Cruz participa de papo sobre o seu mais recente livro lançado no Brasil, "O Vício dos Livros", neste domingo, a partir das 16h

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O domingo será bastante internacionalizado na 70ª Feira do Livro de Porto Alegre. Ao todo, a Feira terá 13 autores estrangeiros nos seus 20 dias de realização. O escritor Afonso Cruz (Portugal) será atração de uma mesa mediada pela jornalista e professora Fê Pandolfi, às 16h, no Auditório Barbosa Lessa do Espaço Força e Luz (Andradas, 1223, 4º andar). Cruz fala sobre seu mais recente lançamento, “O vício dos livros” (Dublinense). Nesta coletânea de ensaios, Afonso revela sua faceta de leitor, explorando relatos históricos, curiosidades literárias, reflexões e memórias pessoais, sempre com a leitura no centro. É uma celebração ao ato de ler do autor que já lançou cinco livros no Brasil, incluindo “Vamos comprar um poeta”, todos pela editora Dublinense. A mesa tem apoio do Instituto Camões. O autor autografa às 16h na Praça de Autógrafos Gerdau.

Uma das mais importantes da Feira é a jordaniana Feda Shtia que lança o seu primeiro livro traduzido ao português no Brasil pela Editora Rua do Sabão, chamado “Quatro Zero Oito”. A obra trata de uma escritora que participa de uma Feira do Livro e é submetida à quarentena por causa da pandemia da Covid-19. Feda é graduada em Língua e Literatura Árabe pela Universidade da Jordânia. Atuou como professora por mais de 12 anos e, após deixar o ambiente de ensino, desenvolveu uma série de livros didáticos e obras de não ficção para o público jovem. Seus títulos foram contemplados com o Sharjah Translation Grant e traduzidos para mais de cinco idiomas. A participação da autora na Feira será em uma mesa com mediação de Anna Cláudia Ramos, neste domingo, às 17h30min, no Auditório Barbosa Lessa, do Espaço Força e Luz. A sessão de autógrafos será às 19h na Praça.

Outros dois autores estrangeiros, mas um pouco mais próximos, estarão na Feira a partir das 18h deste domingo. Em mesa às 18h, na Sala O Retrato, do Espaço Força e Luz, o autor argentino Santiago Craig, da obra “Animais” (Ed. Rua do Sabão) e a escritora uruguaia Fernanda Trías, com o seu livro “Gosma Rosa” (Ed. Moinhos) exploram a literatura contemporânea sul-americana, abordando temas como identidade, distopia e introspecção. Neste diálogo, os autores discutem os novos rumos da ficção na América do Sul. A mediação é do professor da Ufrgs, Ruben Daniel Méndez Castiglioni. Os dois autores autografam as suas obras às 19h na Praça.

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A mesma sala O Retrato abriga às 17h um papo sobre o Almanaque da Feira do Livro por ocasião da 70ª edição, com o autor, o jornalista e escritor Rafael Guimaraens e os ilustradores da obra Santiago, Edgar Vasques e Pablito Aguiar. O Almanaque com 284 páginas fala de todas as Feiras e traz informações sobre as coisas mais importantes que aconteciam no mundo em cada ano, novidades tecnológicas, meio ambiente, temas políticos e destaques da Cultura, músicas, cinema, TV, teatro, shows e literatura. Mostra como Feira nasce como um evento de negócios e, aos poucos, vai agregando atividades culturais, primeiro com sessões de autógrafos e uma crescente programação de atividades culturais, debates, oficinas, etc, tornando-se o maior evento cultural do RS. O almanaque tem fotos históricas e atuais, além de perfis dos patronos. Os autógrafos serão às 18h.

O domingo também terá a presença do patrono Sergio Faraco em uma das mesas. O escritor alegretense convida a crítica literária Léa Masina e o professor de Literatura da Ufrgs Sergius Gonzaga para uma conversa sobre sua carreira e produção literária, oferecendo uma visão íntima e particular do seu processo criativo. A atividade acontece às 16h30min na Sala Noé de Mello Freitas do Espaço Força e Luz. Às 18h, Faraco autografa o seu mais recente livro “Digno é o Cordeiro - Memória de Um Ano Sombrio” (L&PM), na Praça de Autógrafos, fala da volta da União Soviética em 1965, quando foi perseguido por representantes de órgãos repressores.


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