Netflix recorre ao STF contra liminar que tirou do ar especial do Porta dos Fundos

Netflix recorre ao STF contra liminar que tirou do ar especial do Porta dos Fundos

Recurso foi recebido pelo supremo nesta quinta-feira

AFP

Produtora Porta dos Fundos disse ser "contra qualquer ato de censura, violência, ilegalidade, autoritarismo"

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A Netflix recorreu a Suprema Corte brasileira sobre a decisão de um desembargador, da Justiça do Rio de Janeiro, de tirar do ar o especial natalino "A Primeira Tentação de Cristo", em que Jesus é retratado como homossexual, da produtora Porta dos Fundos.

O recurso foi recebido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira, e está nas mãos do ministro Gilmar Mendes, segundo informações do site do órgão. "Nós apoiamos fortemente a expressão artística e vamos lutar para defender esse importante princípio, que é o coração de grandes histórias", informou o comunicado oficial da Netflix.

Em exibição desde 3 de dezembro, o especial "A Primeira Tentação de Cristo" vem sendo criticada por políticos conservadores, evangélicos e católicos, além de que milhares de pessoas assinaram uma petição pedindo o seu cancelamento.

Na última terça-feira, em decisão liminar provisória, o desembargador Benedicto Abicair, acatou o pedido da associação católica Centro Dom Bosco de Fé e Cultura, e havia determinado que o especial fosse tirado do ar. Um dia depois da decisão, o episódio continua disponível no catálogo da Netflix.

Em comunicado divulgado nesta quinta-feira, a produtora Porta dos Fundos disse ser "contra qualquer ato de censura, violência, ilegalidade, autoritarismo". O grupo de comediantes afirmou que continuará publicando seus vídeos semanais e que confia no Poder Judiciário para "manter a defesa histórica da Constituição Brasileira".

Em 24 de dezembro, na véspera de Natal, a sede da produtora, no Rio de Janeiro, foi alvo de um ataque com coquetéis molotov, sem deixar vítimas. Pelo menos quatro pessoas participaram da ação. Um dos suspeitos identificados pela polícia, Eduardo Fauzi Richard Cerquis, é considerado foragido.

Ele, que em 2013 foi preso por agredir o secretário de Ordem Pública do Rio de Janeiro e tem antecedentes que incluem agressões e ameaças, fugiu para a Rússia e por isso integra a lista de difusão vermelha da Interpol. 


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