South Summit: criatividade e autenticidade redesenham o futuro das marcas

South Summit: criatividade e autenticidade redesenham o futuro das marcas

Entenda como a conexão genuína e o uso inteligente de tecnologia estão transformando o mercado

Giovanna Reis*
Programação reuniu grandes nomes para discutir novos rumos da comunicação e marketing estratégico

Programação reuniu grandes nomes para discutir novos rumos da comunicação e marketing estratégico

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Em um evento movido à tecnologia e negócios como o South Summit Brazil, é indispensável envolver o tópico de futuro das marcas ao debate, considerando o atual cenário do mercado digital e físico. Nesta edição, a programação reuniu grandes nomes para discutir os novos rumos da comunicação e marketing estratégico. Entre os destaques, duas palestras apontaram para o mesmo caminho: a autenticidade. Hoje, não basta estar presente no digital, é preciso ser criativo, verdadeiro e significativo.

A criação de conteúdo se tornou um importante recurso para as marcas, e agora, essa conexão entre criadores e consumidores é fundamental para que elas se mantenham relevantes.

Na quarta-feira, 9, quatro convidados participaram de um painel sobre economia criativa e o futuro da comunicação de marca: Sarah Buchwitz, CEO do Grupo Flow; Matz Bech, CMO da Koalo; Renée Cortés, CEO e co-fundadora da MadTech Institute; e Fabio Duarte, fundador e CEO da Community Creators Academy. Eles destacaram que a sensação de pertencimento se tornou um dos principais pilares para o diálogo nos dias de hoje.

Considerada como a nova tendência do mercado, o brand creator (criador de marcas, em tradução livre), é aquele que desenvolve a marca com e para o público. Entretanto, segundo os palestrantes, o desafio está em encarar o risco de ser verdadeiro em um cenário onde quase tudo é exposto e participa de um mesmo ecossistema. Ou seja, o que acontece online reverbera na vida offline, e vice-versa.

Com a inteligência artificial sendo amplamente utilizada para gerar e analisar conteúdo, a criatividade passa a ser o diferencial humano, embora algumas ferramentas já se aproximem surpreendentemente aos resultados produzidos “artesanalmente”. Ferramentas como “neural rendering” e assistentes generativos se tornam aliadas e não substitutas na hora de criar.

Já no painel desta quinta-feira, 10, sobre Comércio Híbrido, o foco foi na construção de experiências 360º, que começam no digital, com o e-commerce ou com redes sociais, e podem se completar no ponto de venda físico. A atividade contou com a participação de Monique Lima, CEO e co-fundadora da Mimo Live Sales; e Luiza Nolasco, sócia-fundadora da Gringa. A mediação foi de Julia Almeida, co-fundadora e COO da SaiL.

O online deve deixar de ser uma área dissociada, mas se posicionar como uma extensão integrada da marca. Segundo Monique, “não é mais sobre canais, e sim sobre a execução da jornada”.

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Essa visão global em relação ao contato com as mais diversas marcas é uma perspectiva que já faz parte da realidade de quem compra. Contudo, ainda precisa ser ativada na mentalidade de muitas empresas. Como estratégia para a fluidez do consumo, a criação de pontos de interesse em comum entre marcas e consumidores pode fortalecer o relacionamento e construir senso de comunidade.

Seja por meio de experiências imersivas e inesperadas, como clubes de leitura e aulas de pilates, ou na escolha cuidadosa de quem será o porta-voz da marca, a conexão com o público passa por relevância, representatividade e, acima de tudo, verdade. Além de considerar o alcance que um creator pode proporcionar ao seu negócio, empresas precisam considerar alinhamento de valores e a capacidade de gerar pertencimento.

*Sob supervisão de Camila Souza


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