Confira mitos e verdades sobre o azeite de oliva

Confira mitos e verdades sobre o azeite de oliva

Ingrediente se tornou um dos queridinhos da alimentação dos brasileiros por proporcionar benefícios para saúde

Correio do Povo

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Saboroso e benéfico para a saúde, o azeite de oliva se tornou um dos queridinhos da alimentação dos brasileiros, que têm se mostrado cada vez mais preocupados em levar equilíbrio para a mesa. O consumo do ingrediente no dia a dia, junto com a prática de exercícios, contribui para uma rotina saudável, destaca Marina Sallum, gerente de novos negócios da Equilibrium, parceira de pesquisas da Gallo, marca especialista em azeites.

“Sempre ligado a uma alimentação saudável, o azeite de oliva tem diversas características, como ser uma gordura estável e resistente a altas temperaturas, ser um produto 100% natural e sem conservantes.” Marina também explica alguns mitos e verdades comuns em relação ao produto. “Quando o azeite está mais picante, as pessoas acham que é ácido, mas isso é um mito, pois a acidez não tem cheiro, gosto, nem cor, só com testes laboratoriais é possível se detectar.”

Para a manutenção da qualidade, é preciso sempre seguir as recomendações na embalagem: manter em temperatura ambiente, ao abrigo de luz e calor, por isso, é verdade que as garrafas escuras ajudam a manter a qualidade. Para entender mais sobre o consumo, confira mitos e verdades sobre o azeite de oliva:

O azeite de oliva pode ser usado para fritar?

Verdade: o azeite de oliva é a gordura mais estável e resistente a altas temperaturas. Também é a gordura vegetal mais saudável que existe e não perde suas características de saudabilidade ao ser aquecido.

É popular a crença de que o aquecimento do azeite faria com que as gorduras insaturadas do produto se tornassem saturadas e que o seu consumo em pratos quentes pudesse causar algum prejuízo para a saúde. Entretanto, estudos recentes comprovam que o aquecimento do azeite até 180ºC não seria o suficiente para alterar suas propriedades nutricionais.

Mudanças na composição do produto só ocorrem a partir de 210ºC e, ainda assim, quando comparadas a mudanças de óleos convencionais, como o de soja, milho e girassol, a observada no azeite de oliva extravirgem é significativamente inferior. Pelo contrário, entre os óleos, o que mais suporta a elevação de temperatura é o azeite.

Além disso, diferentemente das outras gorduras comumente utilizadas na cozinha, o azeite de oliva após aquecido continua ajudando na redução do colesterol “ruim” e na redução do risco de doenças cardiovasculares. 

A qualidade é medida pela acidez?

Mito: este é apenas um dos parâmetros de qualidade, e não sua determinante. A acidez não tem cheiro, cor ou sabor e representa a proporção de ácidos graxos livres presentes no azeite. Existem azeites extravirgem com perfis diferentes de sabor, mas com mesmo grau de acidez. Por este motivo, não se deve escolher o azeite pela acidez, e sim verificar se o produto é produzido por empresas confiáveis, devendo sempre questionar a qualidade de produtos com preços muito inferiores. 

O azeite engorda?

O azeite de oliva é uma gordura saudável, mas assim como todo alimento, deve ser consumido de forma equilibrada. De acordo com o International Dietary Guidelines, os nutricionistas recomendam consumir, no mínimo, o equivalente a duas colheres de sopa do produto. Dessa forma, é possível aproveitar todos os benefícios que ele proporciona. Em uma dieta balanceada, por exemplo, deve ser consumido diariamente 15% de proteína, 55% de carboidrato e 30% de gordura e, neste caso, a mais indicada é o azeite, pelos benefícios que possui. 

Quais são os benefícios do consumo?

O azeite de oliva é um produto 100% natural, obtido diretamente das azeitonas, e seu consumo regular é importante porque está associado a diversos benefícios, entre eles a redução do colesterol, a proteção contra doenças cardiovasculares, ação antioxidante, menor risco ao desenvolvimento de osteoporose, ação anti-inflamatória, melhora dos níveis de glicemia e até participação na prevenção de alguns tipos de câncer.

O produto em vidro claro estraga?

Verdade: a exposição direta à luz causa degradação dos ácidos graxos e demais componentes antioxidantes, além de afetar seu sabor e aroma. Mas não é somente o efeito da luz que oxida e degrada o azeite, o contato direto com o calor e ar também prejudicam a qualidade. Por isso, não é recomendado deixar o produto aberto e nem próximo a fontes de calor. 

O azeite de cor verde é melhor?

A coloração depende do processo de maturação da azeitona utilizada em sua produção. Quanto mais nova é a azeitona, mais verde será o azeite, e quanto mais madura, mais amarelado ou dourado. Já a cor alaranjada é proveniente de uma azeitona de baixa qualidade ou quando o azeite fica em contato com luz ou calor. 

O azeite tem conservantes?

Mito: o ingrediente não contém conservantes. É um produto 100% natural, feito somente do suco da azeitona. O azeite de oliva extravirgem é obtido após prensagem a frio, sem qualquer aditivo químico ou água. Não há qualquer tratamento industrial que altere a pureza do produto.

O azeite tem prazo de validade?

O prazo de validade varia conforme a marca. Algumas marcas estipulam o período de até 18 meses para o consumo, orientando a conservação adequada, em local seco, longe de fonte de calor e devidamente fechado. Passando o prazo, a ingestão do produto não fará mal à saúde, mas poderá perder sabor e aroma.

É considerado um alimento processado?

Mito: o Guia Alimentar para a População Brasileira classifica o azeite no grupo de alimentos minimamente processados, como um produto extraído de alimentos in natura ou diretamente da natureza e usado para temperar e cozinhar alimentos e criar preparações culinárias. 

Quando é indicado utilizar o produto?

O azeite é um dos ingredientes mais versáteis na cozinha. Pode ser incluído em receitas salgadas e doces, frias ou quentes, agregando mais sabor e nutrientes às preparações sejam elas cruas, assadas, grelhadas ou refogadas, cozidas em água ou vapor e até mesmo frituras.

O azeite previne doenças crônicas?

Verdade: os antioxidantes presentes nos óleos vegetais representam um grande benefício à saúde dos consumidores e à indústria de alimentos, por terem respectivamente potencial efeito na prevenção de doenças crônicas e na estabilidade dos produtos, agindo contra radicais livres promotores de oxidação lipídica (e, consequente, da degradação dos óleos).

Qual é a diferença do azeite comum para o orgânico?

No que diz respeito à nutrição, alimentos orgânicos têm mais minerais, vitaminas e compostos bioativos que os convencionais, Já em relação aos macronutrientes, como carboidratos, proteínas e gorduras, a diferença não é significativa.

Quanto ao sabor, testes realizados com consumidores convergem para a opinião de que os alimentos orgânicos ainda são mais saborosos. Em contrapartida, pela maior concentração hídrica destes alimentos, eles se tornam menos duráveis que os convencionais, precisando ser consumidos mais rapidamente.


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