Conheça os benefícios do azeite de oliva para a saúde

Conheça os benefícios do azeite de oliva para a saúde

Alimento pode reduzir risco de depressão e de doenças cardíacas

Correio do Povo

publicidade

O azeite de oliva é um alimento que traz muitos benefícios para a saúde mental e física, como a redução do risco de depressão, Alzheimer, diabetes, doenças cardíacas, câncer e outros. Com o crescimento da produção no Brasil, as prateleiras dos supermercados, assim como de empórios e casas de produtos premium, têm se transformado, trazendo cada vez mais alternativas para a escolha do consumidor. Opções de alta qualidade também começaram a aparecer, a degustação ganhou espaço e marcas brasileiras conquistaram cada vez mais destaque em prêmios internacionais. 

Com tantas novidades disponíveis, muitas dúvidas podem surgir, mas de acordo com a nutricionista Débora Vargas, este alimento tem espaço em qualquer dieta balanceada. Além de reduzir riscos de contração de diversas doenças, o azeite de oliva também auxilia na redução do colesterol, melhora os sintomas da artrite, faz bem para os ossos, retarda o envelhecimento, ajuda na digestão e aumenta a saciedade. 

Mesmo com tantos benefícios, acreditava-se que esse alimento não era saudável, pois no ponto de fumaça, quando os óleos começam a queimar, os ácidos graxos presentes no azeite de oliva oxidariam. Entretanto, hoje se sabe que essa fumaça não tem origem nos ácidos graxos, mas sim em outros componentes. Assim como os outros óleos, o azeite de oliva supera temperaturas altas, mas ele vai além disso: “A degradação das propriedades do azeite de oliva é mais lenta em relação aos demais óleos. Isso protege tanto os nutrientes do próprio azeite e dos demais alimentos incluídos no preparo”, explica a nutricionista. 

Essa degradação mais lenta se dá pela presença de gorduras monoinsaturadas, com poder antioxidante. O azeite de oliva, além de ser rico em gorduras monoinsaturadas, também é carregado de vitaminas e compostos bioativos. Os polifenóis, compostos bioativos encontrados em alimentos de origem vegetal, são responsáveis pelos efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios e podem estar mais presentes em determinados azeites. 

Christian Vogt, CEO e sommelier da marca de azeites Milonga, atribui isso ao frescor: “Como escolhemos o ponto de maturação muito verde, esses azeites acabam tendo mais polifenóis”, conta Vogt. Isso só é possível com um azeite extravirgem e fresco. “Se ele é processado com frutas saudáveis, frutas verdes, o número de polifenóis aumenta muito”, explica o sommelier. As possibilidades são muitas, entre monovarietais (provenientes de apenas um tipo de azeitona) e blends, misturas que buscam uma combinação de sabores específicos. Christian Vogt destaca alguns rótulos:  

Koroneiki: bastante equilibrado entre alto amargor e picância, com sabor e aroma que lembram folhas de tomate, ervas, pimentão verde e rúcula. A harmonização vai muito bem com grelhados e com pratos em que o desejo é aumentar o perfil aromático verde;

Arbequina: delicado e suave, traz novas verdes e notas florais, lembrando casca de banana e maçã dourada. Altamente recomendado harmonizar com pratos leves, saladas e frutos do mar;

Blend Arbequina / Coratina: combina a delicadeza floral do arbequina com a picância e o amargor da Coratina. A recomendação é utilizar em finalização de pratos em que se espera mais potência de polifenóis (amargor e picância).

Mesmo com tantos benefícios, o azeite de oliva ainda é gordura e, por isso, é preciso atentar para o consumo: a ingestão recomendada é de, no máximo, duas colheres de sopa por dia, aproximadamente 30g. Ele pode ser utilizado tanto na finalização de saladas quanto no preparo de alimentos ou acompanhamento.


Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895