Articulações continuam depois das convenções

A realização das convenções dos principais partidos no Rio Grande do Sul não encerrou as articulações de dirigentes. Alguns, mesmo com chances remotas de êxito, ainda tentam reforçar suas alianças. Outros, aparar arestas. Um dos centros dos movimentos é o União Brasil. Comandado por Luiz Carlos Busato, o partido declarou apoio há algum tempo para o candidato do PSDB, Eduardo Leite. A vice chegou a ser oferecida, mas Busato afirmou que o partido não teria problema em abrir mão da vaga para ajudar a viabilizar a adesão do MDB. A situação, no entanto, agora é distinta e passou a gerar desconfortos desde que Gabriel Souza (MDB) foi confirmado como vice. Leite afirmou à coluna que as amarrações estão em andamento, mas que confia na construção da estabilidade.

Consciente da situação, o PDT, de Vieira da Cunha, ainda isolado e cogitando a chapa pura, formada apenas por trabalhistas, tentará atrair o União Brasil.

Na aliança encabeçada por Edegar Pretto, do PT, que conseguiu o apoio do PSol, com Pedro Ruas na vice, também há ruídos que precisam ser resolvidos. A direção petista atendeu à reivindicação do PSol de indicar Roberto Robaina para a primeira suplência de Olívio Dutra, que disputará o Senado. Com isto, Marcelo Sgarbossa, do PV, autor da ideia levada adiante de estabelecer o mandato coletivo ao Senado, ficou de fora da majoritária. A segunda suplência foi oferecida ao PCdoB. No PV, as arestas estão aparadas, mas entre os comunistas, o clima é de desconforto com a vaga. As regras de como se dará o mandato coletivo, na prática, em caso de vitória, ainda não foram estabelecidas, portanto, a chiadeira pode ser resolvida.