A apresentação, pelo governador Eduardo Leite (PSD), nesta terça-feira, do projeto do bloco 1 de concessões, e o anúncio da publicação do edital do bloco 2, na próxima semana, devem ampliar o descontentamento e as resistências em setores da Assembleia, incluindo aliados.
Considerando os dois blocos, o governo do Estado investirá R$ 3 bilhões via Funrigs, o Fundo de Reconstrução. A aplicação de recursos é justamente um dos pontos mais criticado, também por deputados da base. Ficou claro nas manifestações após a apresentação que o governo está minimizando as resistências e reduzindo-as a “três ou quatro parlamentares”.
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Definitivamente, não é o caso. Como as iniciativas não dependem de aval legislativo, os planos estão mantidos. Para o bloco 2, que está mais adiantado, e que terá o edital lançado semana que vem, a previsão é a de que a abertura das propostas, na B3, em São Paulo, ocorra em março de 2026. Antes da data, como destacou o chefe da Casa Civil, Artur Lemos, o desafio será tornar o edital atrativo para atrair investidores.
Segundo o cronograma, em abril deve se dar a homologação da licitação e, em dezembro de 2026, a assinatura do contrato. O cronograma do bloco 1 terá início nesta quarta-feira, com a abertura do prazo da Consulta Pública. O plano é publicar o edital em março, realizar o leilão em junho e assinar o contrato em dezembro de 2026. As etapas, portanto, ocorrerão em plena campanha eleitoral.
Não por acaso, a pauta já integra as estratégias de adversários do Executivo para desgastar Gabriel Souza (MDB), pré-candidato ao Piratini, que pode vir a assumir a titularidade do governo em abril, se a renúncia de Leite se confirmar.
Enquanto isso
Pouco antes da apresentação sobre os blocos 1 e 2 de concessões, o vice-governador e pré-candidato ao Piratini, Gabriel Souza, participava das gravações dos programas partidários do MDB, dos quais será a estrela. Serão vários dias de gravações, que se estenderão até quinta-feira. Ele chegou e participou da coletiva à imprensa.