CPIs e o ‘voto de confiança’: o impasse da CEEE Equatorial
Políticos buscam apoio para começar a investigar a companhia de energia
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A falta de luz, após a passagem de um temporal de grandes proporções, ampliou a pressão política e social em relação à CEEE Equatorial. A concessionária, que assumiu há três anos a então empresa pública, tornou-se alvo de possivelmente duas comissões parlamentares de inquérito (CPIs), uma já formada na Câmara de Porto Alegre e outra em articulação na Assembleia Legislativa, buscando apurar se os serviços da empresa estão de acordo.
Infelizmente, a imagem deixada pelas recentes CPIs não é boa. As comissões se tornaram, na maior parte do tempo, espaço para promoção política pessoal e discussões ideológicas. Mesmo assim, é importante ressaltar que as comissões são instrumentos políticos com capacidade de investigação. O tom desses trabalhos quem dá são os seus integrantes.
Na Câmara de Porto Alegre, a CPI conseguiu unir oposição e governo e obteve uma adesão massiva. Porém, será ingenuidade ignorar o fator eleitoral que estará presente.
No caso da Assembleia, o cenário mostra-se ainda incerto. Talvez em função do recesso, muitos parlamentares não tinham conhecimento na tarde desta quinta-feira de que uma comissão estava em discussão. Além disso, muitos apontaram que haveria outros instrumentos e ações que podem ser utilizados ao invés de uma CPI. Importante lembrar que muitos que estão na Assembleia participaram da votação que autorizou a privatização da companhia.
Enquanto isso, o CEO do Grupo Equatorial Energia, Riberto Barbarena, pediu um "voto de confiança" da população. "Estamos fazendo investimentos em todo o Estado para minimizarmos os danos em eventos futuros. Assumimos há apenas dois anos e meio, pedimos um voto de confiança dos gaúchos”, declarou. A ver.
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Partidos fazem reunião com a Agergs
Em mais um movimento de pressão, integrantes do PSol e do PT vão se reunir na próxima segunda-feira, às 14h30min, com a presidência da Agergs, para tratar da CEEE Equatorial. A Agergs é responsável pela fiscalização dos serviços da concessionária. Deverão participar as deputadas federais Fernanda Melchionna (PSol) e Maria do Rosário (PT) e a estadual Luciana Genro (PSol), além de dirigentes das siglas.