Moradores do Humaitá realizam novo protesto contra falta de luz em Porto Alegre

Moradores do Humaitá realizam novo protesto contra falta de luz em Porto Alegre

Manifestantes bloquearam avenida AJ Renner e incendiaram pneus por cobrança de agilidade no restabelecimento de energia elétrica

Cristiano Abreu

Protesto por falta de luz e agua na avenida AJ Renner

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Um grupo de aproximadamente 50 moradores do bairro Humaitá, na Zona Norte de Porto Alegre, realizou novo protesto na tarde desta quinta-feira cobrando a volta da energia elétrica. O fornecimento está interrompido desde a noite da última terça, quando um temporal atingiu o Estado.

O ato ocorreu na avenida AJ Renner, próximo da rua Dona Teodora. Moradores atearam fogo em pneus, galhos, restos de móveis e outros objetos. Com palavras de ordem como “queremos luz” e “não vamos pagar pelo que não é entregue”, a comunidade pediu providências. A manifestação foi acompanhada pela Brigada Militar e por representantes da Subprefeitura do Humaitá, que realizou o cadastramento das famílias que necessitam de itens como lonas e mantimentos.

“Estamos, já tem três dias, sem luz e sem água, o leite das crianças estragando, comida, tudo. Cobrar as contas de água e luz eles sabem, mas não temos resposta de quando vão solucionar o problema”, relata a dona de casa Stefani Souza, 25 anos.

O prefeito Sebastião Melo comentou sobre as manifestações que ocorrem em diferentes regiões da Capital após reunião com a direção do Grupo Equatorial, que controla a CEEE após a privatização. “Somos solidários às famílias, estamos trabalhando para restabelecer a cidade, porém contamos com a compreensão da comunidade. Foram mais de 200 árvores caídas, em alguns pontos, para a energia voltar, precisamos fazer a remoção, e se as vias estiverem bloqueadas por manifestações, vai demorar ainda mais tempo para que os caminhões da Equatorial consigam entrar nos bairros”, diz o chefe do Executivo.

Desde a quarta feira, ao menos 10 protestos foram promovidos em diferentes regiões de pontos de Porto Alegre cobrando a volta da energia elétrica. As comunidades também exigem alternativas para reduzir os reflexos da falta de energia no abastecimento de água, uma vez que as estações do DMAE ficam inoperantes sem luz.

Segundo a CEEE Equatorial, mais de 150 mil pontos permaneciam sem luz no Rio Grande do Sul até o início da tarde desta quinta-feira. A companhia afirma que equipes estão atuando em diversas frentes e espera restabelecer todas as unidades desabastecidas até o próximo sábado.


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