Projetos na Câmara de Vereadores: quantidade não representa qualidade

Às vésperas do início de 2024, ano de eleições municipais, a matéria publicada nesta edição, apurada por Rafael Renkovski, do Correio do Povo, demonstra a importância da definição dos votos dos eleitores, não apenas nas majoritárias, para as prefeituras, mas também para seus representantes nos legislativos.

Segundo a reportagem, viabilizada por meio de dados liberados pela Lei de Acesso à Informação, desde o início desta legislatura, portanto, de 2021, até outubro deste ano, 1.851 projetos de lei foram apresentados.

Desavisados podem até aplaudir a produtividade da Casa, mas um detalhamento em relação às propostas, especialmente de origem parlamentar, mostra um cenário preocupante.

Considerando o total de projetos protocolados, 55% deles são referentes a homenagens e nomes de ruas.

Matérias relativas a áreas como educação, saúde, transporte, segurança, direitos das mulheres e meio ambiente representam apenas 23% dos projetos protocolados.

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Não por acaso, ao longo do ano, alguns vereadores, incluindo o atual presidente da Câmara, Hamilton Sossmeier, criticaram o excesso de homenagens e movimentos como a apresentação de moções, contra ou a favor de alguma pauta sobre a qual o legislativo não terá nenhuma influência, mas que levam a horas de debates, normalmente de cunho extremamente ideológico, deixando temas de interesse da cidade em segundo plano.