Semestre marcado por mudanças e pautas sensíveis no STF
Descriminalização do porte de drogas, piso da enfermagem e Marco Temporal então entre os temas a serem enfrentados pela Corte
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Indicado pelo presidente Lula (PT), Cristiano Zanin tomou posse nesta semana como novo ministro do Supremo Tribunal Federal. Ele sucede Ricardo Lewandovski, que se aposentou em abril. A mudança não é a única que ocorrerá na mais alta Corte do país no curto prazo. Em outubro, a ministra Rosa Weber, atual presidente do Supremo, também irá se aposentar e desde já, há pressão sobre Lula para que sua substituta seja uma mulher.
As alterações, ainda neste segundo semestre, na composição do Supremo, podem levar a mudanças em relação ao posicionamento da Corte em pautas sensíveis e polêmicas que ainda dependem de aval dos ministros. Entre elas, estão os julgamentos de temas como a descriminalização do porte de drogas, que começou na última quarta-feira, e do piso da enfermagem, que voltará à Corte. Na próxima semana, os ministros retomarão a análise relativa ao juiz de garantias.
Constam ainda em cronograma organizado pela equipe de Rosa Weber dois processos: a possibilidade de anulação de veredicto proferido por tribunal do júri e o de questões agrárias como demarcação de terras quilombolas e limites de áreas ambientais. A expectativa é a de que na gestão da ministra sejam julgados o Marco Temporal das Terras Indígenas, o Marco Civil da Internet e a descriminalização do aborto.
Em tempo: com a indicação da substituta ou substituto de Rosa Weber, o PT terá indicado oito dos 11 ministros que integram atualmente o Supremo Tribunal Federal.