O Grêmio seguiu, na manhã desta terça-feira, a sua série de protestos contra a arbitragem do futebol brasileiro. Em encontro na sede da CBF, no Rio de Janeiro, o diretor executivo do Tricolor, Luis Vagner Vivian, foi recebido por Helder Melillo, diretor executivo da entidade.
Durante cerca de uma hora de reunião, Vivian apresentou a preocupação do clube com os erros de arbitragem nas competições nacionais ao longo da temporada. Em nota oficial na noite de segunda-feira, o Grêmio enumerou 15 equívocos significativos, que teriam interferido no resultado das partidas. As reclamações mais recentes envolvem os seguintes lances: a expulsão de Kannemann e o pênalti marcado para o Bragantino, em Bragança Paulista, e o gol anulado de Alysson diante do Santos, na Vila Belmiro.
Além disso, o dirigente tricolor também sugeriu medidas para o aprimoramento do setor. Em resposta, Melillo não só garantiu que a CBF investirá para aperfeiçoar o trabalho dos árbitros, como também reconheceu os erros da arbitragem em jogos do Tricolor e também de outros clubes — o árbitro Ramon Abatti Abel, por exemplo, que apitou a vitória do Palmeiras sobre o São Paulo por 3 a 2, no Morumbis, foi afastado para um período de retreinamento.
Essa reunião foi a segunda entre o clube gaúcho e a entidade organizadora do futebol brasileiro. No final de maio, o presidente Alberto Guerra e o coordenador técnico Luiz Felipe Scolari estiveram na sede da CBF e foram recebidos pelo presidente da Comissão de Arbitragem, Rodrigo Cintra, e sua equipe. Na oportunidade, o Grêmio apresentou oito lances que entendia ter sido prejudicado. Cerca de cinco meses depois, esse número é quase o dobro.
Como desdobramento das entrevistas do último sábado contra a arbitragem, após a derrota para o Bragantino, o Tricolor está atento ao judiciário desportivo. Marlon e o diretor de futebol Guto Peixoto podem ser denunciados pelo STJD.