Rodoviária de Nova Petrópolis deverá mudar de endereço

O dilema sobre o futuro do terminal rodoviário de Nova Petrópolis ganhou um novo capítulo. O contrato de locação do atual espaço, na avenida 15 de Novembro, termina em 1° de julho e a empresa proprietária do imóvel notificou a prefeitura de que não pretende renovar o aluguel. O Executivo tem projeto para a construção do novo terminal na esquina das ruas Coronel Alfredo Steglich e Dom Pedro II, na parte superior da praça Adolfo Haas, no Centro. No entanto, a comunidade está mobilizada contra a iniciativa.

Conforme a professora Rosmary Fritzen, do Movimento Amigos da Praça dos Brinquedos, o local é o único no Centro que conta com infraestrutura de lazer para crianças e famílias. Além de promover um abraço na praça em março, o grupo entregou ao Ministério Público (MP) um abaixo-assinado com adesão de 1.670 moradores contra a instalação do novo terminal. O movimento anexou, ainda, pareceres técnicos desfavoráveis à construção do terminal no espaço indicado pela prefeitura. Rosmary cita o impacto de vizinhança ambiental, a mobilidade urbana e o patrimônio histórico como aspectos de contraindicação ao projeto. “Duas casas que fazem parte do patrimônio histórico estão próximas. Existem também aclives e declives em ambos os lados, com diversos pontos-cegos para os motoristas, o que representa perigo para as crianças. Vamos aguardar a posição do MP”, avalia.

Na segunda quinzena de maio, Prefeitura de Nova Petrópolis realizará audiência pública para apresentar o projeto à comunidade. O projeto prevê que o terminal ocupe 90 metros quadrados da área, com espaço de espera coberta, seis boxes de ônibus, quatro vagas para táxi, uma para carro oficial e mais três vagas para embarque e desembarque. O plano pressupõe a construção de uma estrutura em estilo germânico e instalação de um painel com exibição dos horários dos ônibus. Segundo a administração, a obra está prevista para ficar 29 metros distante da pracinha dos brinquedos. Também está previsto o cercamento da pracinha e a instalação de câmeras de videomonitoramento no entorno da praça. O custo estimado do projeto é de R$ 230 mil.