Às vésperas do leilão do Cais Mauá, Ufrgs debate espaço público e privatização em Porto Alegre
Evento com mesa de debate e oficinas ocorre em 29 e 30 de novembro
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A menos de um mês da data marcada para o leilão da concessão do Cais Mauá, previsto para 21 de dezembro, o debate sobre o impacto das privatizações à paisagem e cultura de Porto Alegre é reforçado por grupos e coletivos da cidade. Nos dias 29 e 30 de novembro, projeto de extensão da Ufrgs Cais do Porto Cultural promoverá o evento Espaço Público da Cultura, organizado em conjunto pelo Grupo de Pesquisa Identidade e Território/UFRGS (GPIT), Coletivo Cais Cultural Já e TransLAB.URB.
A proposta é convidar a população para ampliar e qualificar o debate sobre as políticas de privatização de espaços públicos com tradição de uso cultural, a partir do processo de desestatização do Cais do Porto de Porto Alegre. "Queremos recolocar o assunto como pauta no ambiente da sociedade civil, tirando ele do âmbito técnico e governamental, que geralmente aparece sempre com o discurso fundado na tecnicidade", destacou Eber Marzulo, professor da Pós-Graduação em Planejamento Urbano e Regional da Ufrgs.
Marzulo lembra que as diretrizes para a ocupação do Cais, documento elaborado em 2021, mostram os armazéns são adequados para eventos culturais, e que há demanda destas atividades para ocupar o espaço.
Programação
A programação conta com duas oficinas, que acontecerão no Memorial do Rio Grande do Sul, das 14h às 17h30, em ambos os dias do evento, e uma mesa de debate, às 18h de quinta-feira, na Faculdade de Arquitetura (FAU/Ufrgs).
O debate contará com a intervenção artística feita pela bailarina e circense Consuelo Vallandro e uma mesa composta pela atriz Tânia Farias (Ói Nóis Aqui Traveiz), pelo historiador César Rolim (POA Ancestral), pelo jornalista Luis Eduardo Gomes (Sul21) e o superintendente do Iphan Rafael Passos.
Todas as atividades são abertas e gratuitas. Porém, é necessário inscrições para as oficinas, que devem ser efetudas com um e-mail para gpit@ufrgs.br, com nome completo e telefone para contato. A participação na intervenção artística e no debate são totalmente abertas.
