Água retorna fraca às casas da Lomba do Pinheiro, em Porto Alegre

Água retorna fraca às casas da Lomba do Pinheiro, em Porto Alegre

Dmae afirma que crise do abastecimento está normalizada na Capital

Felipe Faleiro

Desabastecimento de água atingiu residência de Priscila Conceição Almeida, na Quinta do Portal

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A água está nesta sexta-feira retornando aos poucos na Quinta do Portal, região da Lomba do Pinheiro, na zona leste de Porto Alegre, após procedimentos realizados pelo Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), como a ampliação do número de caminhões-pipa para 21 veículos. Moradores disseram, no entanto, que as torneiras estavam com fluxo fraco. Ao longo dos dias, eles buscaram improvisar soluções para enfrentar as falhas em meio ao forte calor.

A aposentada Sônia Conceição Santos de Almeida encheu baldes como pôde em sua residência na rua Paulo Guilherme Lourenço, enquanto sua filha, a dona de casa Priscila Conceição Almeida, que mora em uma casa abaixo com o marido e o filho de sete anos, havia posto água em uma piscina, utilizando ela para a descarga e o banho da família. “Depois que a água veio, foi fraca”, afirmou Priscila, relatando que a situação ocorreu na madrugada de hoje.

Inclusive, segundo ela, familiares chegaram a passar mal pouco antes da atual crise, inclusive com vômitos, a que Priscila atribui ao consumo da água. A máquina de lavar da família não chegou a estragar, porém, por precaução, nesta sexta a moradora não ligou o equipamento, deixando roupas sujas, que estão acumuladas há vários dias. “Estava fazendo um barulho estranho quando ligamos, e resolvemos deixar assim”, comentou.

Na parada 2 da Lomba do Pinheiro, a situação também estava relativamente resolvida, e moradores disseram que técnicos do Dmae haviam estado no local para verificar a situação das vias. A autônoma Juliana Chagas, que mora há 18 anos na rua Zaida Machado Torres, contou que em todo o verão a situação é a mesma. E da mesma forma como ocorreu com outros habitantes da área, neste ano houve mais dias seguidos com problemas de abastecimento.

O Dmae explicou que, dos 21 caminhões disponibilizados emergencialmente, dois haviam sido encaminhados no começo da tarde de hoje para a rua Pingo de Ouro, na Lomba do Pinheiro, e outro para a rua do Mato, no Partenon, e ainda que técnicos atendiam pontualmente áreas sem água com ocorrências de baixa pressão na rede tanto na Lomba do Pinheiro quanto no Morro da Cruz.

Paradas emergenciais poderiam ocorrer, e estavam sendo atendidas pelo órgão. Nesta semana, em entrevista coletiva, o Dmae e o prefeito Sebastião Melo afirmaram que parte do problema era causado por falhas no fornecimento de energia da CEEE Equatorial, e o atribuíram ainda ao alto consumo e à onda de calor que atingiram a cidade nos últimos dias.


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