"É desesperador", diz quiosqueiro da orla que teve prejuízos devido às chuvas

"É desesperador", diz quiosqueiro da orla que teve prejuízos devido às chuvas

Segundo ele, perda é de pelo menos R$ 5 mil por semana

Correio do Povo e Rádio Guaíba

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"É desesperador", afirma Júlio César dos Santos Costa, proprietário do quiosque Açaí da Orla, localizado na Orla do Guaíba, em Porto Alegre. Devido às chuvas, o local está fechado há uma semana. "E agora, com a água batendo na nossa porta, a gente não tem previsão alguma de retorno", diz o comerciante. De acordo com ele, o prejuízo estimado já é de R$ 10 mil. 

Na medição das 13h15 no Cais Mauá, o nível do Guaíba chegou a 3,18 metros, o maior já registrado desde a enchente histórica de 1941, quando chegou a 4,76 metros. O manancial já invadiu passarelas, quadras e até a avenida Mauá. Agora, está a ponto de chegar na plataforma em que está o negócio de Costa.  

"A água está subindo, já está entrando em cima da plataforma, provavelmente vai entrar nos nossos quiosques e o que a gente não conseguir tirar a gente vai perder", lamenta. Mesmo com previsão de sol para a quinta-feira (28), o quiosqueiro acredita que não vai conseguir abrir o estabelecimento. 

O Açaí da Orla é a única fonte de renda de Costa, sua esposa e seu filho. Todos largaram seus respectivos empregos para trabalhar no negócio. "O final do mês está chegando agora, tem um monte de contas para pagar e a gente não tem de onde tirar e não sabe o que vai fazer. Infelizmente a situação é desesperadora", conta o proprietário. 

"Se você olhar na sua volta você vai ver, é água nos pés. Quem é que vai vir frequentar aqui, mesmo que a gente abra amanhã ou depois?", questiona. Costa estima que, no local, o prejuízo por quiosque seja de pelo menos R$ 5 mil por semana. 


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