1ª Feira de Famílias Atípicas Empreendedoras acontece na Câmara de Vereadores de Porto Alegre

1ª Feira de Famílias Atípicas Empreendedoras acontece na Câmara de Vereadores de Porto Alegre

A ação foi proposta pelo vereador Alvoni Medina e segue até as 16h.

Paula Maia

A coordenadora técnica do Programa de Trabalho Educativo da EMEEF Lygia Morrone Averbuck, Katia Barreto, participou da feira ao lado do aluno Henrique, de 20 anos.

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A 1ª Feira de Famílias Atípicas Empreendedoras de Porto Alegre está sendo realizada, nesta quarta-feira, na Galeria Clébio Sória do Palácio Aloísio Filho, Câmara de Porto Alegre. A atividade foi proposta pelo presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência, vereador Alvoni Medina, e segue até as 16h.

A Feira foi organizada em colaboração com duas instituições a Associação de Familiares e Amigos das Pessoas com Autismo (AFAPA) e o projeto social Angelina Luz. Nessa primeira ação, 30 famílias participam e a intenção, de acordo com o vereador Alvoni Medina, é de que mais eventos como esse sejam realizados na Câmara de Vereadores.

O presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência destacou a importância desta ação na complementação de renda das famílias, enfatizando que a intenção vai além de ser apenas uma feira, visando transformá-la em uma oportunidade contínua para as famílias. Ele também lembrou que o dia 21 de setembro é o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência. “Não queremos que seja apenas uma feira. Nós queremos que ela continue e que seja mais uma oportunidade de renda para as famílias”, pontuou

O presidente da Câmara, Hamilton Sossmeier, realçou a relevância desta primeira feira ao incorporá-la às celebrações dos 250 anos da Câmara Municipal. A representante do projeto Angelina Luz destacou que essas ações visam aprimorar a qualidade de vida das famílias e promover o empreendedorismo. "Estamos felizes em presenciar as famílias que, por meio do empreendedorismo, buscam uma dose extra de dignidade. Embora nossos espaços sejam limitados, estamos aqui para demonstrar nossa capacidade empreendedora”, afirmou.

Maitê Dutra é mãe de uma menina autista de quatro anos. Ela vê no artesanato uma complementação de renda entorno de 50% no orçamento familiar. É a primeira vez que está participando de uma feira e afirmou que as expectativas são grandes. Ela contou que já fazia artesanato antes do diagnóstico da filha, mas que depois da confirmação está investindo mais tempo na produção dos materiais criados com resina, sublimação e encadernação. "É uma experiência nova e estou com grandes expectativas”, comentou ao lado da sua filha mais velha de 18 anos, que estava ajudando a arrumar a mesa para expor os produtos.

A coordenadora técnica do Programa de Trabalho Educativo da A Escola Municipal Especial de Ensino Fundamental Professora Lygia Morrone Averbuck, Katia Barreto, participou da feira ao lado do aluno Henrique, de 20 anos. Eles produzem sabonetes no programa que tem como foco a inserção dos jovens no mercado de trabalho. Também é a primeira vez que o grupo participa de feira fora da escola e Katia ressaltou que todas as etapas da produção tem uma intenção pedagógica, pois uma série de habilidades são trabalhadas na confecção dos sabonetes. “Para chegar nessa produção a gente precisa trabalhar com unidades de medida, a gente precisa trabalhar com a questão monetária para poder precificar, economia, a gente trabalha muito com educação financeira, porque a gente tem que pensar no que vamos investir o lucro que a gente tem”, explicou.


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