243ª Feira do Peixe de Porto Alegre supera público e volume de vendas de 2022

243ª Feira do Peixe de Porto Alegre supera público e volume de vendas de 2022

No total, 325 mil pessoas passaram pelos três espaços na Capital, e 355 toneladas foram comercializadas neste ano

Felipe Faleiro

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A 243ª Feira do Peixe em Porto Alegre já superou os números de público e vendas de 2022 antes mesmo de terminar. De acordo com a Secretaria Municipal de Governança Local e Coordenação Política (SMGOV), responsável pela organização, 325 mil pessoas passaram pelo evento, pelo somatório das três feiras, tanto no Centro Histórico, quanto na Esplanada da Restinga e no bairro Belém Novo. No ano passado, foram 280 mil.

O total de comercialização de pescados ficou em 355 toneladas no Largo Glênio Peres, 28 toneladas na Restinga e 680 quilos no Belém Novo. Em 2022, os números foram de 286,5 toneladas, 10,8 toneladas e 550 quilos, respectivamente. O número total de todas as feiras ficou em 383 toneladas. O preço médio dos peixes neste ano está um pouco mais elevado: R$ 34 contra R$ 32,50 no ano anterior.

Nesta sexta-feira, o movimento de pessoas foi intenso no Centro, que contou com 40 bancas, principalmente em busca do tradicional peixe na taquara, cuja fila tinha dezenas de pessoas aguardando. As feiras seguiram até o meio-dia de hoje.

O criador do peixe na taquara, Salomão de Souza Oliveira, 83 anos, participa da feira há 76 anos, e ainda apresenta disposição de guri. “A primeira Semana Santa eu fiz com sete anos de idade. O movimento neste ano está ótimo. Esperávamos que ia acontecer isto, porque, depois da pandemia, é o primeiro ano em que está tudo liberado para os grandes eventos. Estamos aqui à disposição para quem quiser conhecer mais a história do nosso produto”, comentou o pescador.

O motorista Nilton Ramos, morador do bairro Santa Tereza, foi um dos que aproveitou os últimos momentos da Feira do Peixe para adquirir exemplares de pescados. Ramos contou que a esposa permaneceu em casa, preparando o almoço, enquanto ele veio sozinho. “O preço está um pouco mais salgado, então o jeito é pechinchar. Estou levando tainha e bagre”, afirmou ele, que carregava algumas sacolas e conferia as bancas.

Em uma das bancas, havia apenas três peixes à mostra, enquanto o restante já havia sido vendido. O pescador Márcio Ramos, que atua nela, trabalha no ramo desde 2007, porém participa da Feira do Peixe há apenas três. Segundo ele, o espaço vendeu 1,5 tonelada desde a última segunda-feira, quando esta edição do evento teve início. “As vendas foram boas também porque a Semana Santa aconteceu em 2023 próximo da data de pagamento, o que ajudou os trabalhadores e aposentados a ter mais dinheiro no bolso”, comentou.


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