"A Corrida Pela Vida é marcada pela solidariedade", diz fundador do Instituto do Câncer Infantil

"A Corrida Pela Vida é marcada pela solidariedade", diz fundador do Instituto do Câncer Infantil

A 29º edição ocorreu na manhã deste domingo no Parque Marinha do Brasil, em Porto Alegre

Paula Maia

A 29º Edição da Corrida pela Vida teve 10 mil inscritos neste ano.

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A 29ª edição da Corrida Pela Vida ocorreu na manhã deste domingo, no Parque Marinha do Brasil, em Porto Alegre. O evento é promovido pelo Instituto do Câncer Infantil de Porto Alegre (ICI) e pelo Clube de Corredores de Porto Alegre (CORPA). Sob o tema "Juntos corremos mais longe", a corrida tem como objetivo principal aumentar a visibilidade das causas relacionadas ao câncer infantil, unindo-se à prática esportiva como forma de sensibilização e apoio à instituição.

O superintendente do Instituto Câncer Infantil, Algemir Brunetto, expressou a importância do evento, enfatizando os 29 anos consecutivos da Corrida pela Vida, onde a população responde ao chamado do ICI, adquirindo as camisetas e participando ativamente da corrida.

“Nesses 32 anos tanta coisa boa aconteceu graças a essa generosidade do porto-alegrense, do gaúcho, fazendo o Instituto do Câncer crescer. E, claro, crescendo a gente pode fazer mais e melhor pelo paciente. A nossa essência é aumentar o índice de cura e fazer apoio às famílias”, falou. 

Com mais de 10 mil inscrições na ação que conta com a corrida competitiva - 3 km, 5 km e 10 km -, corrida kids e caminhada , Brunetto, que é um dos fundadores da instituição, destacou a solidariedade das pessoas como o essencial para o crescimento e desenvolvimento do Instituto ao longo dos anos.

“O Instituto nasceu em Porto Alegre, é do Rio Grande do Sul, mas a gente tem esse desejo de levar essa experiência para outros Estados. Essa corrida é uma demonstração da solidariedade do gaúcho. Não ocorre em todos os Estados. Então, se tem uma palavra que pode definir isso, é, com certeza, união. Com esse nível de união, nós pretendemos chegar a 100% das chances de cura para cada criança”, declarou.

O evento foi marcado por momentos especiais, como o relato de Maria Clara Rodrigues, uma participante de dez anos em tratamento no Instituto. Maria Clara expressou sua felicidade em participar da corrida, compartilhando sua experiência positiva no tratamento e sua paixão pela sala de brinquedos e pelos profissionais do instituto, como dentistas e fisioterapeutas. “Tô louca pra voltar para casa, mas eu sou guerreira”, afirmou Maria Clara.

Nair Martins, avó de Maria Clara, contou que eles são de Bagé e estão há sete meses na Capital para o tratamento. Nair demonstra emoção ao falar sobre a evolução do tratamento de sua neta, que considera uma filha e a gratidão pela qualidade do apoio recebido. Mesmo sem uma previsão exata para o término do tratamento, a família destaca a melhora rápida e expressa otimismo em relação ao futuro.

O voluntário Gabriel da Rosa declarou que é apaixonado pela causa desde que trabalhou no ICI e fez questão de retornar como voluntário para contribuir para uma causa que ele considera “nobre e significativa”.

Já a corredora Luana Barreto, de 46 anos, revelou seu envolvimento recente com a corrida, iniciando sua jornada no segundo semestre por incentivo da empresa onde trabalha. Luana enfatizou a importância do envolvimento das pessoas em eventos como a Corrida pela Vida. “Quanto mais a gente puder ajudar e participar melhor. A gente não consegue resolver o problema, mas, pelo menos, ajuda de alguma forma”, considerou.


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