Abatedouro de peixes viabiliza trabalho legalizado dos produtores de Santa Cruz do Sul

Abatedouro de peixes viabiliza trabalho legalizado dos produtores de Santa Cruz do Sul

A inauguração da estrutura, na Granja Municipal, em Linha Santa Cruz, ocorreu na quinta-feira

Otto Tesche

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Os agricultores que integram a Associação Santa-Cruzense de Produtores de Peixe (ASPP) começam na próxima semana o trabalho no novo abatedouro e frigorífico de pescado para a comercialização durante as tradicionais feiras durante o Carnaval e a Semana Santa. A inauguração da estrutura, na Granja Municipal, em Linha Santa Cruz, ocorreu na quinta-feira (21) e permitirá aos produtores a venda de forma legalizada nas feiras rurais e até mesmo aos supermercados. 

O valor investido na estrutura soma R$ 220 mil, sendo R$ 120 mil provenientes da Consulta Popular de 2009 para compra de equipamentos e R$ 100 mil de contrapartida da prefeitura, destinados para adequações estruturais, hidráulicas e elétricas no prédio. O prefeito Telmo Kirst disse que a inauguração atende reivindicação antiga da associação. “A demanda vai ser muito grande e agora o nosso piscicultor é amparado pela legislação. Eu só posso estar feliz em ver que o município atua de maneira muito forte na área da agricultura”, disse o prefeito.

Além do abatedouro e frigorífico de pescado, na Granja Municipal já funciona uma agroindústria de aipim. O secretário de Agricultura, Elo Schneiders, projeta que as feiras do Carnaval e da Semana Santa rendam a comercialização de pelo menos 20 toneladas de peixes. A expectativa é de que pelo menos 50% desta produção passe pela nova estrutura. O abatedouro de peixes está equipado para abater e processar pescado de água doce, com capacidade de 1 mil quilos por dia. 

Em parceria com a Secretaria de Agricultura, o empreendimento será comandado pela ASPP. Na metade do ano passado houve a cessão de uso do prédio e equipamentos para a associação e, desde então, são realizados testes de abate e processamento. “Trabalhamos arduamente por dois anos para que os nossos produtores possam colocar os seus peixes a venda em qualquer ponto, no Brasil inteiro”, destacou Schneiders. Ele destaca ainda ser uma garantia para o produtor, em razão das exigências legais pelas quais os produtos precisam passar para poderem ser vendidos. O presidente da ASPP, Silvério Fischer, observou que os produtores têm lugar certo para o abate dos peixes. “Com esta estrutura adequada, podemos ter maior higienização do produto. Vai ser um produto legalizado.”


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