Agências da FGTAS/Sine em Porto Alegre realizam ação a migrantes em busca de emprego

Duas agências da FGTAS/Sine em Porto Alegre, no Centro Histórico e bairro Azenha, realizaram nesta sexta-feira uma ação voltada a encaminhamentos de oportunidades de emprego para migrantes, em parceria com a Organização Internacional para as Migrações (OIM), vinculada à ONU. De forma permanente, a mobilização, que ocorre nos idiomas espanhol, inglês, francês e português, está marcada para todas as sextas-feiras, e a edição mais recente foi a terceira, de acordo com a FGTAS. Naturais de outros países compareceram aos locais em busca de uma vaga de trabalho.

Entre elas, estavam Zuleica Yasmin Requena e Mari Corvo, amigas nascidas no estado de Monagas, na Venezuela, e que moram em Porto Alegre há sete anos. As duas foram cedo a manhã à agência do Centro, na rua José Montaury. Zuleica disse que estava buscando uma vaga na área de segurança do trabalho. “Conhecemos a ação por um grupo de WhatsApp da ADRA (agência humanitária). Para nós, é uma grande facilidade, porque o migrante já pode ser encaminhado para uma oportunidade”, comentou ela.

O coordenador da agência FGTAS/Sine da José Montaury, Adriano Mazzuchello, observou que o projeto tem o caráter de acolhimento. “Tivemos várias reuniões para realizar esta integração junto à OIM, inclusive com treinamento de funcionários. Observávamos algumas dificuldades nos idiomas, porém agora temos pessoas qualificadas para fazer este atendimento. Com esta parceria, acreditamos que estamos caminhando a um rumo certo para que consigamos dar o melhor acolhimento a estas pessoas”, disse ele.

Já o chefe do escritório da OIM no Rio Grande do Sul, Iurqui Pinheiro, disse que os atendimentos são resultados de um acordo de cooperação entre os órgãos, firmado em dezembro de 2022, e no qual diversas ações estão sendo feitas. A OIM já tem planos de replicar a iniciativa voltada aos migrantes para outras seis regiões do Estado atendidas pela FGTAS a partir de julho, por meio do projeto Oportunidades – Integração no Brasil, financiado pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).

“Nestes atendimentos, também realizamos outros encaminhamentos, como regularização migratória”, afirma Pinheiro, comemorando os resultados obtidos até agora. Além disto, conforme ele, a OIM disponibilizou à FGTAS de maneira inédita uma plataforma de inserção laboral chamada Connect Brasil. Atualmente, no Rio Grande do Sul, são 6,5 mil migrantes cadastrados e 350 empresas parceiras. “Devemos replicá-la para outros estados do país”, comenta. A maior procura por vagas, diz Pinheiro, é de venezuelanos e haitianos, mas também nascidos no Brasil podem se beneficiar da plataforma. “Quando abre uma oportunidade, não deixamos de direcionar os brasileiros, caso estes procurem o serviço”, explica.