Alagamento na avenida Tramandaí, na zona Sul de Porto Alegre, preocupa moradores e profissionais

Alagamento na avenida Tramandaí, na zona Sul de Porto Alegre, preocupa moradores e profissionais

De acordo com relatos, a região entre a avenida Imperial e a rua da Gávea costuma ficar intransitável com as fortes chuvas

Paula Maia

O grande volume de água acumulado na avenida Tramandaí impede o trânsito de pessoas e veículos pela região

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Com a forte chuva que atinge Porto Alegre desde a noite de ontem, a situação na avenida Tramandaí, no bairro Ipanema, na zona Sul da Capital, transformou a região em um caos. A quadra entre a avenida Imperial e a rua da Gávea virou rio, mais uma vez. Moradores e comerciantes afirmam que a situação é normal. E alegam descaso da Prefeitura.

Juliana Moreira é agente comunitária, mora na rua Gávea e trabalha na Unidade de Saúde Ipanema, que fica na avenida Tramandaí. “A hora que sai para trabalhar (antes das 8h), já estava enchendo. Dava para passar. Agora (antes das 11h) não tem como transitar. Não tá passando nem carro”, destacou.

A residência de Juliana fica ilhada quando chove muito. "Vem água da rua de cima e a de baixo. É sempre assim devido ao Arroio Capivara", ressaltou. Juliana comentou ainda que logo as pessoas não vão conseguir chegar para as consultas agendadas e destacou as recentes confirmações de casos de leptospirose no bairro.

A diretora de uma escola conveniada com a Prefeitura, que também está localizada na avenida Tramandaí, Claudia Motta, disse que já teve caso de doença na instituição, que atende 102 criança de um a seis anos. Claudia também destacou o seu receio de voltar para casa e lembrou que no ciclone, ocorrido em julho, ficaram quatro dias sem luz e troncos de árvores na rua por dias.

"É normal acontecer, faz anos e a gente também já teve criança da escola, com leptospirose. Devido a água, do lixo que acumula. E as professoras estavam preocupadas, como é que elas vão embora hoje", desabafou. Ela considerou que a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) há deveria ter fechado a rua para não ter passagem de carros, que quando tentam atravessar, ficam no caminho.

 

Um comerciante da rua, que preferiu não se identificar, por "medo de perseguição" afirmou que esse caos acontece frequentemente. Ele se demonstrou totalmente descrente com a realização de ações de prevenção. Algo, que segundo ele, evitaria os transtornos. "Já deveriam ter feito algo. É uma vergonha", opinou.

Ele lembrou ainda que no ciclone de julho teve que contar com a ajuda de moradores para guardar os suprimentos e evitar maiores prejuízos devido a falta de luz.

Carros tiveram dificuldade de passar pela avenida, que é uma das principais do bairro Ipanema - Foto: Maria Eduarda Fortes


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