Aluguel social em Porto Alegre foi encaminhado por apenas três famílias após ciclone

Passados dez dias do ciclone extratropical que arrasou municípios inteiros do Rio Grande do Sul e causou diversos danos em Porto Alegre, o secretário municipal de Habitação e Regularização Fundiária, André Machado, afirmou que a pasta segue avançando nas concessões do aluguel social na Capital. De acordo com ele, o trabalho é concentrado nas três áreas afetadas com deslizamentos de encostas. São elas a travessa São Luís, no Morro da Cruz, o beco Guajuviras, no bairro Aparício Borges, e rua João Bittencourt, no Cascata. 

Nestes locais, há em torno de 70 habilitados, afirma ele, mas, até a última sexta-feira pela manhã, somente três haviam encaminhado a documentação para o benefício.  “As pessoas não podem ir até o Demhab procurar o benefício, a não ser que sejam destas áreas. Fazemos a partir da análise da Defesa Civil e do laudo do nosso geotécnico que nos aponta quais são as casas com maior risco de deslizamento. A partir daí, vamos a campos contatar estas famílias”, afirma ele. 

Conforme Machado, após, caso haja necessidade, elas são chamadas ao órgão para realizar o encaminhamento. “Temos que organizar dentro de nosso orçamento. Aprovamos a concessão de 150 novos aluguéis sociais, mas precisamos trabalhar com parcimônia até o mês de setembro, pois tem muita coisa do El Niño que está vindo. Precisamos ter cuidado agora para podemos atender melhor lá na frente”, comenta o secretário. 

A concessão, ainda segundo ele, ocorre por região, e após a cobertura destas famílias, o desafio é evitar que aconteça a reocupação das encostas sob risco. O benefício concedido pela Administração a partir de decreto do prefeito Sebastião Melo é de R$ 600, e precisa ser encaminhado, no caso destes moradores mais afetados, na sede do Demhab, na avenida Princesa Isabel, 1115, bairro Azenha.