Amvarp e Amvars decidem não recorrer da bandeira preta

Amvarp e Amvars decidem não recorrer da bandeira preta

Plano de cogestão foi assunto das associações

Correio do Povo

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A Associação de Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp) decidiu não recorrer da bandeira preta, determinada na sexta-feira para a região por meio do Modelo de Distanciamento Controlado do Governo do Estado. Em assembleia extraordinária no início da noite de sábado, os prefeitos ouviram embasamentos técnicos do médico infectologista Marcelo Carneiro, da coordenadora da 13ª Coordenadoria Regional de Saúde, Mariluci Reis, e da diretora executiva do Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale), Lea Vargas, sobre o agravamento no quadro da doença.

Uma das principais justificativas para não recorrer da bandeira preta é o momento atual do avanço da Covid-19 na região. Conforme os especialistas, os dados não permitiriam um recurso viável e este, provavelmente, seria negado pelo governo do Estado.

Os prefeitos também provaram durante a assembleia uma atualização do plano de cogestão, que será encaminhada ao Estado. Atualmente, o plano não prevê a adaptação da bandeira preta com protocolos de vermelha, mas apenas de vermelha para laranja e de laranja para amarela. A pedido da prefeita de Santa Cruz do Sul, Helena Hermany, os participantes da reunião ainda aprovaram uma moção ao governador Eduardo Leite em defesa do comércio e dos prestadores de serviço, para que não sejam penalizados em caso de bandeira preta.

A Associação dos Municípios do Vale do Rio do Sinos (Amvars) também decidiu não entrar com recurso de revisão da bandeira preta junto ao Gabinete de Gestão de Crise do Estado. A entidade, porém, defende a manutenção do sistema de cogestão dos municípios. De acordo com o presidente da Associação, Luciano Orsi, a cogestão servirá para que restrições mais severas, se necessárias, ocorram de maneira gradual. "Estávamos na bandeira vermelha, mas atuando com protocolos da laranja. Porém, se não adotada a cogestão agora, pularíamos dois estágios e isso pode prejudicar o empreendedor e o trabalhador formal", argumenta Orsi.


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