Amzop quer designação de médico legista para o posto do IML de Frederico Westphalen

O Posto do Instituto Médico Legal (IML) de Frederico Westphalen, e que abrange 32 municípios da região, está sem funcionar desde 2019 .O motivo é a falta de um médico legista, vaga deixada em aberto depois que o antigo profissional de saúde se aposentou. Sem médico, as necropsias estão sendo realizadas nos Postos Médicos Legais de Erechim e Carazinho, distantes mais de 150 quilômetros de Frederico Westphalen.

A necessidade de retomar as atividades no IML local será discutida nesta segunda-feira, às 16h, pelo prefeito de Frederico Westphalen e presidente da Associação dos Municípios da Zona da Produção (Amzop), José Alberto Panosso, com o secretário da Segurança Pública do Estado, Coronel Vanius Cesar Santarosa. “Esta é uma demanda urgente e importante que precisa ser equacionada pelo Governo do Estado, pois afeta uma região de 32 municípios do Norte do Estado”, observa Panosso.

O presidente da Associação entregará ao secretário um documento endossado pela Amzop. “Temos certeza que a Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul olhará com atenção este pedido, pois a situação gera a necessidade de translado dos corpos para outras regiões e além disso uma necropsia pode durar entre duas a seis horas, dependendo da complexidade do caso”, observa.

Atualmente, o translado é feito pelas funerárias da região, por meio de convênio firmado entre o IGP/RS e o Sindicato dos Estabelecimentos Funerários do Rio Grande do Sul, sem custos para as famílias. Em 2021, um médico-legista chegou a ser nomeado para assumir o Posto do IML de Frederico Westphalen, porém, não permaneceu no cargo. Segundo o IGP, a transferência ocorreu por solicitação do profissional, e pela necessidade de atendimento de outra região com maior demanda. O instituto ressalta que uma nova turma de médicos legistas está em formação, porém, nenhum dos profissionais manifestou interesse em atuar no município. O órgão informou que que não pretende fechar o posto.

A OAB de Frederico Westphalen, ainda no ano passado, protocolou dois ofícios junto ao Estado solicitando a designação de um médico e justificando que esse é um problema que atinge a comunidade como um todo, não só de Frederico Westphalen, como de mais de 30 municípios da região. A OAB cita que, sem um médico-legista no posto de Frederico Westphalen, os familiares precisam aguardar, muitas vezes, mais de 24 horas para a liberação da necropsia em postos distantes do município, situação que fere a dignidade das famílias e que só aumenta a dor de quem perde um ente querido.