Aniversário da Redenção celebra espaço público

Um dos símbolos da capital gaúcha, o Parque Farroupilha, mais conhecido como Parque da Redenção, comemora com festa, neste domingo, 88 anos de fundação. Após dias consecutivos de instabilidade, o dia de sol presenteou os visitantes que puderam aproveitar a data com música, opções para compras e, claro, muito contato com a natureza. O Parque Farroupilha foi instituído por meio do Decreto Municipal 307/3, em 19 de setembro de 1935. O evento, que teve início às 9h e segue até 22h, conta com inúmeros quiosques de artesãos e empreendedores locais, e diversas atrações culturais de dança e música. 

Há 36 anos expondo esculturas, cerâmicas e pinturas no primeiro Brique da Redenção que foi criado, Silvio Sheuca conta que trabalhava com contabilidade e saiu da empresa para viver da arte que produz. “Desde pequeno eu já gostava de desenhar, fazer cursos de desenhos e depois comecei a trabalhar com cerâmica e não parei mais. Optei pelo brique, que foi o espaço mais aberto que tinha para isso.” Nessas quase quatro décadas de história no parque, ele criou clientela em todo o Brasil. Entretanto, relembra que, quando não existiam tantos shoppings, o movimento era maior. “Não havia comércio nos domingos, então o pessoal vinha todo para cá.”

Redenção e pipoca combinam bastante e foi confiando nisso que Joana Samuel Angelita começou, há 15 anos, a trabalhar no Parque Farroupilha. Cinco anos depois, a irmã, Elaine Samuel Prates, passou a trabalhar junto, na parte da venda de churros. Desde então, ocupa sempre o mesmo ponto. “Aqui é ótimo porque tu já tem clientes fiéis. Aqui tem aquele cliente que se por acaso tu faltar um final de semana ele cobra”, conta Joana.

É o contato com a natureza oportunizado pela Redenção que muitas pessoas que moram em apartamentos procuram para poder relaxar. Grande parte aproveita para levar seus cachorros ao parque. É o caso de Gabriela Moura que, junto à cadelinha Shakira, curtiram este domingo de comemoração. “É um espaço muito democrático, tem espaço para tudo, tem o pessoal que vem com cachorros, tem quem vem para ler. Aqui é onde conseguimos ter esse contato e trazer os cachorrinhos para correr”, observa.