Antes de assembleia geral, Cpers faz ato em Porto Alegre por revisão salarial e melhorias no IPE

Antes de assembleia geral, Cpers faz ato em Porto Alegre por revisão salarial e melhorias no IPE

Por volta de três mil pessoas participaram de mobilização, que percorreu ruas da Capital

Felipe Faleiro

Protesto encerrou com falas de educadores na Praça da Matriz, junto ao Palácio Piratini

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Servidores ligados ao Cpers Sindicato realizaram na manhã desta sexta-feira, em Porto Alegre, um ato reunindo representantes dos 42 núcleos no Rio Grande do Sul, reivindicando o cumprimento de diversas pautas da categoria. Por volta de três mil pessoas estiveram presentes, de acordo com a organização. A mobilização, iniciada com uma caminhada junto à sede do IPE Saúde e encerrada em frente ao Palácio Piratini, ocorreu horas antes da Assembleia Geral da categoria, que deve ocorrer logo mais na Casa do Gaúcho.

“A assembleia coloca mais uma vez em pauta a necessidade de o governo abrir diálogo e negociação sobre a questão salarial. Nossos funcionários de escola estão para além do limite das suas forças, e estão sendo massacrados por uma política que joga eles na miséria”, afirmou o 1º vice-presidente do Cpers, Alex Saratt, acrescentando a necessidade do magistério de uma revisão geral de salários.

Ele não descartou a discussão sobre um possível estado de greve, citando que, em outros estados, já há paralisação dos docentes. “É um debate que vamos iniciar na categoria, para que reflitamos sobre o conjunto de situações que estamos vivenciando. O governo estadual não dialoga e nem negocia. É preciso haver propostas concretas, e, portanto, falta vontade política do governo para que possam ser resolvidos todos os problemas que se apresentam para a educação pública”, comentou ele.

Além do salário básico na carreira de R$ 1,5 mil, o Cpers busca que não haja desconto, no completivo para atingimento do mínimo regional, de verbas indenizatórias para trabalhos insalubres. Conforme Saratt, é uma maneira de atender às demandas da categoria, “há praticamente dez anos sem nenhum reajuste”, disse. O movimento também cobrou do governo Eduardo Leite melhorias no IPE Saúde, o qual o vice-presidente afirmou haver falta de médicos, clínicas e hospitais credenciados.

Também alega “dificuldade nos atendimentos”, mesmo com a recente reestruturação da autarquia. “Chegamos a um ponto em que a reforma do IPE parece quase um estelionato frente aos segurados”, criticou ele. “Apontávamos desde o ano passado que a verdadeira reforma do IPE passava pelo aumento de salários e, consequentemente, aumento da arrecadação. O governo só trabalhou a primeira parte, com o aumento da alíquota de contribuição”. Procurados, a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) e o IPE Saúde ainda não se manifestaram sobre o ato.


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