Ao menos 13 mil homens segurados podem ter câncer de próstata, estima IPE Saúde

Ao menos 13 mil homens segurados podem ter câncer de próstata, estima IPE Saúde

Convênio oferece para homens acima dos 50 anos consultas com urologista sem pagamento da coparticipação

Paula Maia

O Instituto Nacional de Câncer prevê 3.510 novos casos de câncer de próstata a cada 100 mil habitantes no Rio Grande do Sul

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Como parte da campanha do Novembro Azul no Rio Grande do Sul, os segurados do IPE Saúde com 50 anos ou mais podem realizar consultas com urologista sem o pagamento da coparticipação durante o mês de novembro. A ação busca destacar a importância de cuidados integrais com a saúde do homem e a conscientização sobre o câncer de próstata.

A equipe atuarial do IPE Saúde prevê aumento de 1.317 consultas com urologista para o mês de novembro deste ano em relação a novembro de 2022, considerando somente a população dos homens com 50 anos ou mais.

Em novembro de 2022, foram registradas 5.022 consultas no urologista; em 2021, 5.321 e em 2020, 4.922. Com os dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), que prevê 3.510 novos casos de câncer de próstata a cada 100 mil habitantes no Rio Grande do Sul, o IPE estima que dos 377.826 homens assegurados, mais de 13 mil podem ser diagnosticados com câncer. Já na faixa acima dos 50 anos, a previsão de novo diagnóstico é de mais de 5.800 pacientes, dos 166.060 segurados. 

O chefe do serviço de urologia do Hospital Moinhos de Vento, Eduardo Carvalhal lembra que o câncer de próstata é assintomático, por isso a importância das consultas regulares, incluindo exames de toque e de sangue. Ele destaca que o homem deve ficar atento a qualquer alteração no sistema urinário e a  importância de uma decisão compartilhada com o urologista.

Carvalhal é a favor do rastreamento para o câncer de próstata e enfatiza que nem todos os pacientes diagnosticados necessitarão de cirurgia ou terapia. O urologista cita a vigilância ativa como a preferida em casos de baixa intensidade e pequeno volume de doença, visando evitar tratamentos desnecessários.

Ele aponta que cerca de 30% dos novos diagnósticos serão direcionados para vigilância ativa, enquanto 70% poderão exigir cirurgia ou radioterapia, destacando a curabilidade. Já para casos mais graves, tratamentos hormonais ou quimioterapia podem ser considerados.

Carvalhal ainda recomenda que homens que tenham histórico familiar, que são da raça negra ou que tenham antecedentes de câncer de mama na família façam as avaliações a partir dos 40 anos.


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