Após barragem romper, Ceran diz que vazões da Bacia Taquari-Antas não terão aumento significativo
Companhia Enérgica Rio das Antas informou após análise de grupo técnico na barragem da Usina 14 de Julho
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A Companhia Energética Rio das Antas (Ceran) informou, após análise técnica, que o rompimento parcial da barragem da Usina 14 de Julho, ocorrido no início da tarde desta quinta-feira, não traz, até o momento, risco de aumento significativo nas vazões já existentes na Bacia Taquari-Antas. Nos municípios de Santa Tereza e Muçum, são observados aumentos com valores de elevação de nível em 35cm e 25cm, respectivamente.
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"Seguimos com os protocolos de segurança acordados com a Defesa Civil e com nossas equipes focadas na segurança das pessoas. O cenário ainda requer atenção, pois existe a possibilidade de evolução das chuvas, que pode aumentar a vazão”, diz nota divulgada à imprensa pela Ceran.
Outras barragens, das usinas Castro Alves e Monte Claro se encontram em situações estáveis no momento, segundo informações da companhia.
Rompimento da barragem
A situação da barragem era monitorada em função do risco. O rompimento deve afetar localidades de Cotiporã, São Valentim, Santa Bárbara, Santa Tereza e Muçum, antes de seguir pelo rio Taquari até atingir outros municípios.
A orientação imediata é que moradores de todos os municípios a partir de Santa Bárbara busquem regiões mais altas, pelo menos seis metros acima dos rios, informou o vice-governador Gabriel Souza. "Não esperem, sigam as indicações. A situação é gravíssima", afirmou.
O rompimento é investigado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), responsável pela barragem, que informou que a estrutura já estava submersa e identificou uma movimentação mais turbulenta da água, possivelmente pelo comprometimento da chamada ombreira direita, uma das laterais onde a barragem está apoiada.